
“O recurso aos serviços religiosos à distância, via on-line, ou a ausência total de relação provocada pelo confinamento obrigatório determinou uma maior queda da prática religiosa entre os protestantes negros.” Foto © Gabriella Clare Marino/ Unsplash
A percentagem de adultos americanos que dizem frequentar serviços religiosos pelo menos uma vez por mês caiu três pontos percentuais (passou de 33% para 30%) entre 2019 e 2022, não sustentando os receios de que a pandemia produzisse uma “recessão religiosa”.
A sondagem do Pew Research, noticiada pela agência Religion News no dia 28 de março, mostra, de acordo com os seus autores, que a quebra registada parece “ser mais consistente com uma tendência de longo prazo de declínio religioso gradual, do que com uma mudança radical nos hábitos das pessoas irem à igreja”. Contudo, nem todos os grupos religiosos foram atingidos com igual intensidade pela suspensão da prática de se deslocarem aos seus templos durante a pandemia. O recurso aos serviços religiosos à distância, via on-line, ou a ausência total de relação provocada pelo confinamento obrigatório determinou uma maior queda da prática religiosa entre os protestantes negros. Neste grupo, a sondagem detetou uma quebra de 15 pontos percentuais entre 2019 e 2022 (caiu de 61% para 46%).
Os autores da sondagem sublinham ainda que a esmagadora maioria (87%) dos mesmos indivíduos que responderam aos inquéritos anuais de 2019 a 2022 asseguram não ter alterado a sua taxa de frequência do culto durante aqueles quatro anos. Entre os que reconhecem ter mudado essa frequência, oito por cento afirmam tê-la reduzido, enquanto quatro por cento dizem tê-la aumentado.