
O novo documentário da Disney+ tem estreia marcada para o próximo dia 5 de abril, quarta-feira da Semana Santa.
Recebe um salário? Tem telemóvel? Sabe o que é uma pessoa não-binária? Estas são apenas algumas das perguntas que um grupo de jovens coloca ao Papa no novo documentário da Disney+, com estreia marcada na plataforma de streaming para o próximo dia 5 de abril, quarta-feira da Semana Santa. Intitulado, “Amén: Francisco Responde”, o filme revela uma “conversa inédita e intimista”, onde são abordados temas que afetam particularmente a juventude, dos abusos de menores ao bullying, passando pela homossexualidade, o papel da mulher ou a perda de fé.
O encontro entre o Papa e um grupo de dez jovens com idades compreendidas entre os 20 e os 25 anos e experiências de vida muito diversas, todos falantes de espanhol, foi filmado no Pignetto, um dos bairros mais cool de Roma, em junho do ano passado. O resultado foi um diálogo descontraído, marcado pela empatia, “que atravessa fronteiras, idades, mentalidades e crenças”, sublinha a Disney, ao divulgar o trailer (que pode ser visto abaixo).
“O facto de o Papa Francisco se ter sentado a dialogar com jovens que estão na periferia da Igreja católica com esta honestidade e proximidade dá um enorme valor a este especial original. Foi um encontro único e estamos muito orgulhosos de poder mostrá-lo ao mundo”, afirma Sofía Fábregas, vice-presidente de produção da Disney+ em Espanha, citada pelo Réligion Digital.
O documentário, com a duração de 1h22, foi realizado pelos guionistas espanhóis Jordi Évole y Màrius Sánchez. Para eles, esta foi “uma oportunidade única de juntar dois mundos que normalmente não se tocam, de fazer dialogar uma das pessoas mais influentes do mundo com um grupo de jovens cujas vidas por vezes chocam frontalmente com os postulados da Igreja”. Fazer este filme, acrescentam, foi “um ato de grande generosidade, tanto da parte do Papa Francisco, como da parte dos dez jovens”.
Um deste dez jovens é Juan Cuatrecasas jr., que foi vítima de abusos sexuais quando estudava no colégio espanhol Gaztelueta de Leioa, pertencente ao Opus Dei. Após a gravação deste documentário, o Papa pediu mais informações sobre o caso, o que o levou a concluir que não havia tido o tratamento devido por parte da Igreja, tendo decidido confiá-lo ao bispo de Teruel, José Antonio Satué. Ainda não foram divulgados resultados das novas investigações.