
Papa recordou Moçambique e vários outros países em guerra. Foto © Vatican News
O Papa Francisco lamentou neste Domingo de Páscoa, 4 de Abril, as situações de conflito e violência que ainda se verificam por todo o planeta: “No mundo, há ainda demasiadas guerras, demasiada violência! O Senhor, que é a nossa paz, nos ajude a vencer a mentalidade da guerra”, disse, na sua alocução antes da bênção pascal urbi et orbi (à cidade e ao mundo).
Evocando as vítimas do “terrorismo internacional”, o Papa referiu-se concretamente à situação em Cabo Delgado (Moçambique), bem como aos conflitos no Sahel, Nigéria, região de Tigré (Etiópia). Citado pela Ecclesia, Francisco falou também da crise humanitária no Haiti e na Birmânia (Myanmar), sublinhando a importância de lutar pela democracia. E aludiu ainda à tensão no Leste da Ucrânia e no Nagorno-Karabakh, entre a Arménia e o Azerbaijão.
As guerras na Síria, Iémen e Líbia foram também recordadas, em nome de “povos exaustos” que vivem em “condições desumanas”, disse, citado ainda na Ecclesia.
O Papa agradeceu ainda aos países que recebem refugiados, em particular a Jordânia e o Líbano, referindo a necessidade de apoiar os libaneses, a viverem “dificuldades e incertezas”. O conflito entre israelitas e palestinos e o Iraque recentemente visitado foram igualmente citados, tal como o Dia Mundial contra as Minas Antipessoais, que se assinalava neste 4 de Abril. O Papa pediu “um mundo sem estes instrumentos de morte” que “matam ou mutilam tantas pessoas inocentes”.
Na mesma ocasião, Francisco lembrou as vítimas da pandemia e pediu uma distribuição mundial das vacinas contra a covid-19, em particular para os mais pobres.