
Praça de S. Pedro, a multidão que assiste ao Ângelus: o Papa pediu que Rússia e Ucrânia se sentem na mesa de negociações. Foto © Vatican Media
O Papa apelou hoje a negociações de paz, na Ucrânia, na sua primeira intervenção pública após regressar do Canadá, este sábado. “Mesmo durante a viagem, nunca deixei de rezar pelo povo ucraniano, agredido e martirizado, pedindo a Deus que o liberte do flagelo da guerra”, disse aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus, citado pela Ecclesia.
Falando desde a janela do apartamento pontifício, Francisco pediu que todas as partes olhem para a realidade “objetivamente”. “Considerando os danos que a guerra traz todos os dias àquela população, mas também a todo o mundo, a única coisa razoável a fazer seria parar e negociar. Que a sabedoria inspire passos concretos de paz”, declarou.
Na sua tradicional reflexão dominical, o Papa tinha sublinhado que, por trás das guerras e conflitos “está quase sempre envolvido o anseio por recursos e riqueza”.
Quantos interesses estão por trás de uma guerra! Certamente, um deles é o comércio de armas. Este comércio é um escândalo, ao qual não podemos nem devemos resignar-nos”.
Cerca de 40 prisioneiros de guerra ucranianos morreram num bombardeamento contra uma prisão na região separatista de Donetsk, avançou esta sexta-feira o Ministério da Defesa da Rússia. Moscovo e Kiev trocaram acusações sobre a autoria do ataque.
O Papa recordou a viagem de seis dias, agradecendo “a todos os que tornaram possível esta peregrinação penitencial”, em particular autoridades civis, líderes indígenas e bispos canadianos. “Agradeço de coração aos que me acompanharam com a sua oração. Obrigado a todos”, concluiu.
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