Abraço a pais em luto à saída

Papa saiu do hospital e estará na missa de Ramos, onde rezará pelas vítimas da guerra

| 1 Abr 2023

Papa Francisco, Domingo de Ramos

Papa Francisco na celebração de Domingo de Ramos 2022;: desta vez, não estará no altar, mas sentado de lado, presidindo à celebração. Foto © Vatican Media

 

O Papa presidirá, no Vaticano, à Missa do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, depois de ter recebido alta neste sábado, do Hospital Gemelli, onde esteve internado desde quarta-feira.

O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice indicou, no esquema da celebração enviado aos jornalistas, que a cadeira da presidência, onde Francisco se senta, ficará junto ao altar, diante da Basílica de São Pedro.

A celebração, que vai juntar milhares de pessoas na Praça de São Pedro, começa com a bênção dos ramos; devido aos problemas que o afetam no joelho, há vários meses, o Papa não acompanhará a procissão, com 400 participantes, que se inicia junto ao obelisco. Como tem acontecido noutras eucaristias, a celebração no altar é confiada a um cardeal, neste caso a Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio Cardinalício.

Durante a cerimónia, será feita uma oração em português, pelos “governantes das nações”, para que estes “favoreçam a concórdia e a paz, e apoiem as pessoas que sofrem por causa da violência, do ódio e da guerra”.

No final da missa, ainda na Praça de São Pedro, o Papa recita o Ângelus com os peregrinos presentes. Não há informação sobre se Francisco percorrerá depois a praça no papamóvel, para saudar a multidão, tal como aconteceu em 2022.

A Igreja Católica e outros cristãos iniciam, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico, que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.

A decoração da Praça de São Pedro é feita com milhares de plantas aromáticas, flores, ramos de oliveira e os tradicionais palmurelli, folhas de palmeira entrançadas. No Domingo de Páscoa, a 9 de Abril, mais de 35 mil flores e plantas dos Países Baixos cobrirão o adro da Basílica do Vaticano.

 

“Ainda estou vivo”

Ao sair do Hospital Gemelli, Francisco deixou o carro para falar com os jornalistas e, já depois de ter assinado o gesso de um menino que tinha o braço partido, acabaria por abraçar, conversar e rezar com um casal que tinha perdido a filha, poucas horas antes.

Visivelmente emocionada, a mãe da menina repetiu “obrigado, obrigado”, entre lágrimas, antes de ser abraçada pelo Papa; já o marido referiu que Francisco tinha conhecido a filha do casal, em 2019, quando celebrou a solenidade do Corpo de Deus no bairro romano de Casal Bertone. “Rezemos pela Angélica”, disse o Papa ao casal, segundo relata o portal de notícias do Vaticano.

Enquanto permaneceu no Hospital, o Papa jantou pizza com médicos e seguranças que o acompanhavam, distribuiu presentes a crianças e presidiu ao baptismo de um bebé, Miguel Angel, acompanhado pela mãe da criança.

Aos jornalistas que esperavam a sua saída do Hospital, na manhã de hoje, o Papa quis “agradecer” pelo seu trabalho dos últimos dias. “Sei que alguns de vocês passaram aqui a noite. É demais, não? Mas obrigado por informarem as pessoas”, disse, falando de pé, com o apoio da uma bengala. Francisco, de 86 anos, disse sentir-se “bem” e brincou com a situação: “Ainda estou vivo”. Na conversa informal, o Papa disse não ter sentido “medo” e recordou a conversa com outro homem, mais velho do que ele, que relatou “ter visto chegar a morte”.

Sobre a sua experiência no Hospital Universitário, o pontífice falou em “muita ternura”, com elogios aos profissionais de saúde: “Ser enfermeiro, ser médico, fazer parte do pessoal, há muita ternura com os doentes. Sabem, os doentes têm caprichos, todos. É uma coisa que vem com a doença e é preciso paciência. admiro quem trabalha aqui: médicos, enfermeiros, vi com quanta ternura cuidam das crianças”.

 

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