Mensagem de Natal

Patriarca Cirilo envia boas festas ao Papa; na Ucrânia igrejas cristãs dialogam

| 26 Dez 2022

Papa Francisco em videoconferência com patriarca cirilo a 16 março 2022 foto facebook de antonio spadaro sj

O Cirilo em videoconferência com o Papa Francisco, em março deste ano; agora, o patriarca russo dirigiu a Francisco as boas festas natalícias. Foto reproduzida da página Antonio Spadaro no Facebook. 

 

“Felicito-o pela festa da Natividade de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, diz a mensagem natalícia que o Patriarca de Moscovo, Cirilo, enviou nos últimos dias ao Papa Francisco, segundo divulgou aquele Patriarcado ortodoxo.

O “Patriarca de Moscovo e toda a Rússia” expressou ainda o desejo de que o Papa goze da ajuda [de Jesus] no exercício do seu ministério e também “paz e prosperidade para o rebanho que lhe foi confiado”.

Este gesto de Cirilo, que também se estendeu, em mensagens autónomas, aos chefes das Igrejas não ortodoxas que celebram o Natal de acordo com o calendário gregoriano (ou seja, com 25 de dezembro assinalado domingo passado), ocorre no fecho de um ano dominado pela invasão da Ucrânia pelas forças armadas russas, a qual contou com o apoio explícito e reiterado do Patriarca. Este facto originou contactos e desencontros entre Cirilo e Francisco.

A posição pró-Putin do Patriarca de Moscovo desencadeou movimentações em praticamente todo o mundo ortodoxo e particularmente no próprio país invadido. De facto, a Igreja Ortodoxa da Ucrânia, a principal comunidade ortodoxa, sufragânea do Patriarcado de Moscovo, apressou-se a apelar a Cirilo a que condenasse a guerra e apelasse à paz. Perante o insucesso da pressão, acabaria por decidir, num sínodo realizado em abril deste ano, uma separação. A decisão é vista, porém, como uma movimentação sobretudo para efeitos internos, ainda que não se possa considerar que a Igreja constitua um bloco pró-Moscovo.

A recente Igreja Ortodoxa Ucraniana, reconhecida pelo Patriarca de Constantinopla e vilipendiada por Moscovo, tem cariz nacionalista e está com o regime de Zelenski. Foi esta que, num gesto significativo, tomou a decisão de deixar, este ano, à vontade das comunidades locais decidirem se festejavam o Natal daqui a duas semanas (quando volta a ser 25 de dezembro, mas segundo o calendário juliano, “atrasado” 13 dias) ou no passado domingo, de acordo com o calendário gregoriano.

Mais ainda: no último dia 24, realizou-se um encontro entre o chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana (UGCC), arcebispo Sviatoslav Shevchuk, e o metropolita de Kiev e toda a Ucrânia, Epifânio, primaz da nova Igreja Ortodoxa ucraniana, na residência deste último, no Mosteiro Dourado de São Miguel. Segundo o italiano Il Sismografo, os dois discutiram a reforma do calendário litúrgico, a situação atual nas relações inter-religiosas e Igreja-Estado na Ucrânia, a agressão da Rússia contra o país, as perspectivas de desenvolvimento da Ucrânia para o pós-guerra, entre outros pontos.

A questão da reforma do calendário litúrgico é vista como urgente por um motivo prático: a articulação das férias do Natal e da Páscoa. Para isso, os dois hierarcas acordaram constituir um grupo de trabalho, que terá esse e outros pontos na agenda, como seja os preparativos para o 1700º aniversário do Primeiro Concílio Ecumênico celebrado em Niceia em 325.

 

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