Carta à diocese

Patriarca reafirma “pedido de perdão institucional e convicto” por abusos

| 1 Set 2022

Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, na Vigília Pascal 2020.

O patriarca de Lisboa faz um renovado pedido de perdão (na foto, na Vigília Pascal de 2020). Foto Diana Quintela, cedida pela autora.

 

O cardeal-patriarca de Lisboa reafirmou o seu “pedido de perdão institucional e convicto” pelos casos de abusos sexuais, garantindo “tudo fazer para que tais casos não se repitam”.

Na carta aos católicos da diocese, por ocasião do início do novo ano pastoral, D. Manuel Clemente escreve: “Retomo o que disse na última Missa Crismal, dirigindo um pedido de perdão institucional e convicto a quem foi vitimado e garantindo tudo fazer para que tais casos não se repitam, ou tenham tratamento eficaz entre nós, seguindo as determinações civis e canónicas, como temos feito também no âmbito da Comissão Diocesana de Proteção de Menores, a trabalhar desde 2019.”

“No campo institucional, é inegável que a Igreja Católica em Portugal está na primeira linha da resposta a tão grave questão”, acrescenta o patriarca, que considera que “não poderia ser doutro modo”.

O cardeal Clemente refere que, nesta carta de início de ano pastoral, não podia deixar de “aludir às notícias de abusos sexuais” que apareceram no final de julho, lembrando que já explicou “o que se fez e continuará a fazer na diocese, para corrigir e prevenir tais casos”, na carta aberta de 29 de julho, onde explicou o procedimento relativo a um caso denunciado em 1999, e que comunicou “pessoalmente ao Papa Francisco, na audiência de 5 de agosto”.

A carta aos diocesanos de Lisboa começa, no entanto, por assinalar que o ano pastoral 2022/2023 se inicia “com o horizonte cada vez mais próximo e definido da Jornada Mundial da Juventude”, que decorrerá de 1 a 6 de agosto de 2023, em Lisboa.

“Com o Papa Francisco, queremos que ela seja para grande número de jovens de todo o mundo uma ocasião por excelência de renovar a esperança e reforçar a solidariedade, após tempos difíceis de pandemia, guerras e dificuldades de subsistência em geral. Certamente que nada se resolverá num ápice, mas ainda mais certo é o facto tão comprovado destas Jornadas, em torno de Cristo e do Evangelho, animarem a muitos no caminho do bem e da paz. Assim acontecerá de novo.”

A atividade dos comités paroquiais, vicariais, diocesanos e nacional, “incluindo tantos milhares de jovens nas mais diversas tarefas, criará um bom hábito de participação, decisão e iniciativa que permanecerá e revitalizará as nossas comunidades, tornando-as mais corresponsáveis e missionárias. Poderá ser mesmo esse o principal fruto da JMJ, com largo futuro por diante”, acrescenta o texto, que pode ser lido na página oficial do Patriarcado de Lisboa.

O cardeal-patriarca de Lisboa diz ainda que “a primeira condição do êxito” deste encontro mundial de jovens e da sua preparação é a oração, e pede que “em todas as comunidades se reze sempre e muito pela JMJ e os seus frutos”, pessoal, familiarmente e em grupo.

 

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