“Um sinal poderoso”

Patriarcas e bispos católicos promovem Dia da Paz para o Médio Oriente

| 25 Jun 2021

Cristãos no Médio Oriente. foto 2 © ACN Portugal

Este Dia da Paz insere-se num projecto “a longo prazo, que depende do diálogo, sobretudo entre as religiões” e da liberdade religiosa, sem a qual “não haverá paz”, sublinha presidente executivo internacional da fundação AIS. Foto  © ACN Portugal.

 

O Conselho dos Patriarcas e Bispos Católicos do Médio Oriente promove neste domingo, 27 de Junho, um Dia da Paz para a região. A iniciativa será sobretudo simbólica e litúrgica: cada bispo celebra a missa na sua diocese, consagrando o Médio Oriente; como gesto colectivo, o patriarca latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, abençoará um ícone da Sagrada Família, na Igreja da Anunciação de Nazaré.

Na tradição cristã oriental, um ícone não é apenas uma imagem, um símbolo, mas traduz uma presença. Por isso, o ícone que será abençoado significa, para os cristãos da região, a presença da Sagrada Família que viaja pelo Médio Oriente, como viajou quando fugiu para o Egipto, de acordo com a tradição e que, desse modo, também “conheceu a experiência da fuga, da pobreza e da perseguição”.

O ícone será, de facto, levado em peregrinação por vários países da região, até chegar a Roma no dia 8 de Dezembro, festa da Imaculada Conceição, regressando de novo em seguida ao Médio Oriente.

Icon of the Holy Family of Nazareth - It will be blessed by Cardinal Pierbattista Pizzaballa in Jerusalem on June 27th 2021. Once blessed, the Icon will go in a pilgrimage, starting from Lebanon, to the countries of the East, until its arrival to Rome toward the end of the year of St. Joseph, on December 8, 2021. From Rome, the Icon will travel back to the Holy Land where it will remain.Only small file quality available (Whats App file)

O ícone que será abençoado e que significa, para os cristãos da região, a presença da Sagrada Família que viaja pelo Médio Oriente. Foto: Direitos reservados.

A iniciativa foi divulgada pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que a considera cheia de simbolismo. O seu presidente executivo internacional, Thomas Heine-Geldern, diz que esta “é a hora certa” para falar ao mundo da paz para o Médio Oriente, quando há apenas algumas semanas “os confrontos sangrentos na Terra Santa” demonstraram de forma eloquente como é tão “frágil a paz na terra de Jesus Cristo”.

Numa declaração emitida a partir da sede internacional da organização, na Alemanha, Heine-Geldern recorda que, para a AIS, “a minoria cristã no Médio Oriente é um povo especialmente querido”, que vive numa região conturbada. Depende muito dos cristãos do Ocidente, acrescenta, saber se daqui a 50 ou 100 anos esta comunidade religiosa ainda estará presente nesta zona do globo.

As guerras e a violência terroristas têm levado muitos cristãos a abandonar o Médio Oriente. Síria, Iraque, Líbano, Israel, Territórios Palestinos e outros países têm conhecido situações de guerra e violência, que atinge de um modo especial os cristãos.

Por isso, o responsável internacional da fundação diz que a iniciativa dos bispos “é um sinal poderoso”. “A ofensa mais grosseira aos nossos irmãos e irmãs é o puro esquecimento e a indiferença.” Mas, acrescenta, a recente visita do Papa Francisco ao Iraque é um sinal de esperança. E este Dia da Paz insere-se num projecto “a longo prazo, que depende do diálogo, sobretudo entre as religiões” e da liberdade religiosa, sem a qual “não haverá paz”.

 

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