Pedro Abrunhosa: “A sede de mistério é o motor da humanidade”
O Papa Francisco “tem devolvido a verdadeira essência apostólica da Palavra e da mensagem bíblica”, diz Pedro Abrunhosa, nesta entrevista exclusiva ao 7MARGENS a propósito do seu novo disco. Posto à venda em Dezembro, Espiritual mantém-se no primeiro lugar da lista dos mais vendidos em Portugal. No dia da entrevista, quinta-feira, 3 de Janeiro, em Lisboa, estava ainda presente a referência da véspera, feita pelo Papa, aos cristãos que vão à missa e depois fazem o contrário do que dizem.
Leitor da Bíblia, que cita por exemplo em É o Diabo, uma das canções do novo disco, Abrunhosa diz que ela é um “um livro maravilhoso” e que é o livro literária, poética e religiosamente mais importante para si. Um livro que diz como há, dois mil anos, com Cristo, pela primeira vez na história foi colocada “a questão do povo, da pessoa, do outro, do pobre”.
No disco, e na entrevista, o autor de Viagens fala também dos refugiados, através de uma canção – Porque é que não fui eu – onde se recorda a tragédia do pequeno Aylan e que é cantada num dueto com a intensidade da voz de Ney Matogrosso.
A sede de mistério como motor da humanidade, a transcendência, as implicações éticas de decisões financeiras que atingem as condições de vida dos mais pobres, a necessidade de um tempo que seja “efectivamente cumprido” como uma bênção, são outros dos temas de um músico que insiste que não podemos ficar reduzidos a ser “turistas da palma da mão” mas, pelo contrário, devemos contaminar com o amor o frio em que tantas pessoas vivem. “Posso ter um mapa/ e querer estar perdido”, canta ele, em Não Vás Embora Hoje.
7M – Este seu novo disco é o mais vendido em Portugal, desde que foi posto à venda. É pela música, por ser o Pedro Abrunhosa, pelos poemas ou por tudo isso?
Pedro Abrunhosa (P.A.) – É um somatório, uma convergência desses factores. Há uma chancela, uma marca de autor, que as pessoas aparentemente reconhecem e sancionam através da compra. Muito do resultado também se deve ao trabalho subterrâneo feito na estrada, diariamente, tocando junto das pessoas. Não há nenhuma continuidade num trabalho artístico com resultado de sucesso permanente, que é o que acontece com a venda de discos, se não houver um trabalho muito genuíno. Genuíno na escrita, naquilo que reflecte o meu interior que, como todos os outros, tem sido sinónimo de identificação com as pessoas.
Há um sem-fim de pessoas que sabe o que ali está em termos literários e musicais, sabe o que está ali em termos de energia vital porque me vê ao vivo nas várias “paróquias”, se me é permitida a expressão, e essa é uma realidade porque a proximidade de um espectáculo de cinco mil pessoas em Ferreira do Zêzere ou vinte mil pessoas em Bragança ou…
7M – Ou muitos milhares nos Aliados…
P.A. – … essa proximidade – ou 200 mil nos Aliados – essa proximidade tem sido permanente. Portanto, quando sai o disco, geralmente, cumpre esta função. É realmente um somatório de muitos factores.
7M – Falando da Avenida dos Aliados, o que significou a passagem de ano com o concerto?
P.A. – Em primeiro lugar, foi devolver a música às pessoas. No Porto, foi onde tudo começou. Porque é a minha cidade natal, naturalmente, mas é também a cidade natal da minha música, porque a minha música começa nas ruas do Porto. E começa, literalmente, comigo a tocar nos sítios mais sórdidos do Porto, nas caves da Ribeira.
Aquela cidade é a cidade que me viu nascer e crescer e onde fui professor durante muitos anos. Vivi ali, conheço as ruas, conheço as pessoas, conheço as portas, conheço as casas que foram abaixo, as que foram erguidas. O Viagens foi escrito ali, na Rua do Heroísmo, 235. E eu disse isso perante esta multidão de 200 mil. O 235 na Rua do Heroísmo já não existe, mas o primeiro disco fala do [café] Majestic, fala da Foz, da Afurada, o segundo disco e o terceiro falam da Boavista, este fala dos Aliados, de Campanhã, do Douro…
Aquele é o berço, foi devolver o bebé ao berço. Há uma empatia e um reencontro do meu público, do meu Porto, do meu povo, comigo, que foi simbólico.
7M – Neste disco, os poemas falam do amor entre as pessoas, dos refugiados, um poema faz uma crítica muito forte ao poder financeiro… Mas o disco chama-se Espiritualidade. O título une todas essas coisas? Qual é a ideia do título?
7M – Há pouco tempo falava, na entrevista que deu à RTP2, da necessidade de reencontrar o mistério. A música, a arte, podem ajudar também a reencontrar esse mistério?
P.A. – Exactamente, é uma busca desse mistério. E o mistério, o que é?
Vivem-se momentos de ausência de mistério, momentos de pura fisicalidade, de aparência, muita aparência, de “eu sou o que tenho”, “eu sou o que mostro que tenho”. Às vezes nem é o que tenho, se eu mostrar as pessoas vão deduzir que tenho. Logo, sou aquilo que mostro. E isso faz com que se viva numa feira de vaidade, que me faz lembrar muito os vendilhões do templo, faz-me lembrar muito este abastardamento dos valores humanos, que é uma das falências da decadência. Os impérios começam a decair exactamente por isso, por uma certa febre da vaidade da aparência.
A aparência e a fisicalidade são sinónimos daquilo que se está a viver com o avassalamento das redes sociais, do Instagram, do Facebook, com a colocação contínua de conteúdos – que de conteúdo pouco têm e são sintomas dessa decadência. George Steiner, um grande filósofo contemporâneo, fala sobre o endeusamento dos artistas pop, dos chefes de cozinha, dos bloggers, das pessoas que exibem tatuagens e as unhas dos pés – e isto é verdade.
7M – Não sente, por vezes, alguma tensão, também em relação a isso, pelo facto de ser artista? A tentação de ceder à aparência não está muito presente no mundo artístico e no mundo da arte?
P.A. – Está, a aparência está muito presente no mundo da arte. Está presente mas, apesar de a aparência fazer parte de nós enquanto matéria física, ela não pode ser o motor. Não pode, não é um motor.
Portanto, como artista, claro que, se por um lado me retiro sempre do meio – eu não sou propriamente muito sociável, não sou nem quero ser, eu sou eu e quero ser social para as pessoas que estão comigo e para os meus.
7M – Mas sente que precisa de um tempo…
P.A. – Preciso do meu espaço, do meu tempo e do meu silêncio. Não vou a festas, não frequento estreias, não me mostro. Portanto, a minha música condiz com o que eu sou. As pessoas não têm de gostar de mim, não precisam de gostar de mim, não é isso. Não sou eu que estou à venda, o que está à venda é a minha música. Se quiserem fazer o favor de ouvir a minha música e gostar dela, maravilhoso. De mim não têm de gostar, eu sou outra coisa, sou apenas o transmissor, sou o mensageiro. A música é que é o objecto que está à venda.
Logo, há um corte entre: eu sou imagem, sou corpo, sou matéria; mas não sou eu que estou a vender-me. Eu dava de bom grado esta entrevista sem imagem. O que eu quero que vocês vejam e ouçam é a minha música. Claro que o plano artístico está em constante conflito com o que estou a dizer, com esta espiritualidade. Faz-me lembrar um pouco o movimento dos oceanos e das ondas, que implica que por baixo também a água se esteja a mexer. No meu caso, é isto: o que se vê à superfície, a música, tem por baixo uma camada geológica de uma matéria que a acompanha. O que eu quero, com a matéria, é encontrar um espaço de silêncio para mim próprio.
7M – Referiu a Bíblia e outros importantes textos literários da humanidade. Já falámos de É O Diabo, onde a citação da Bíblia é literal e está assinalada. Em outros poemas, há expressões – terra prometida, dias da anunciação, beijos de aleluia, um dia de salvação, o perdão – que remetem para a mesma inspiração. A Bíblia é só uma inspiração casual ou há aqui uma intencionalidade?
P.A. – Não é inspiração, não é casual, não é intencional. São frases do interior, são transformações interiores da Palavra (com P grande) que eu leio nos textos sagrados do Novo Testamento e do Velho Testamento, mas não são exclusivamente da Bíblia: o conceito do bem é um conceito que Platão muito bem definiu n’A República como aquele que está acima de tudo, como conceito absoluto de bondade, de bem, até acima do mundo das ideias.
Há o mundo das sombras, o mundo das coisas, o mundo das pessoas, o mundo das ideias e, acima disso tudo, o bem. Portanto, pessoas, coisas, ideias e sombras têm de se gerir pelo bem. Isto tem implicações, obviamente, na esfera da ética, que tem que subjugar a política, tem que subjugar o comportamento humano. A ética tem que subjugar política e estética. Façamos o que fizermos, se nos regermos por essa ética, estamos no bom caminho. Portanto, essas frases são altamente espirituais mas não necessariamente religiosas.
Usar esta expressão “dias de anunciação”, no meio desta canção, como as outras, são palavras que trazem um rasto de religiosidade. Sei que sim, mas não foi intencional. São, sobretudo, poéticas, muito poéticas.
7M – Mas o que está a dizer significa que é um leitor frequente da Bíblia.
P.A. – A Bíblia é um livro maravilhoso. Eu tinha lido a Bíblia muito jovem e agora voltei a lê-la, neste contexto da tradução do grego antigo feita pelo Frederico Lourenço. É o livro mais importante da minha vida. Esta tradução confere-lhe de novo esse “Ah! Afinal era isto!”; obviamente que remete muito para a Bíblia King James que, na altura, no século XVII, quando o rei James mandou fazer a tradução da Bíblia, demorou uma série de anos a fazer, segundo cânones do maior rigor. Aliás, o conselho reunido à volta da tradução da Bíblia do King James envolve, nomeadamente, membros de outros credos religiosos, mesmo muçulmanos, e judeus, obviamente. E é feito com académicos, com teólogos.
É a ética que não houve no poder financeiro, porque num gabinete é muito fácil tomar uma decisão e depois ir à missa. Aliás, acontecia com as pessoas que estão agora a ser investigadas, alegadamente, por terem feito a quantidade de crimes que fizeram, de roubo, de desvio de fundos, de utilização de fundos públicos e privados, etc.
Isto quer dizer o quê? Quer dizer que as implicações éticas do desvio de 11,6 mil milhões de euros – que desapareceram, e deixaram de ser aplicados na saúde, nos cuidados básicos, no acompanhamento a pessoas doentes, nos hospitais, na justiça, na educação –, as implicações teleológicas destas atitudes de gabinete são imensas, nos pobres.
Não é para nós, classe média, que vivemos bem. É nos desgraçados, nas pessoas que vivem no interior do país. Eu conheço-as. Porque, nos meus concertos paroquiais, eu sei quem são e não têm onde cair. Isto é profundamente comovente. E como é que se pode tomar uma decisão dessas, com implicações destas nos dinheiros públicos e, no domingo seguinte, como diz o Papa, ir à missa? Não, por favor. É essa desvirtuação da palavra que me faz ter alguma hesitação em nomear a Bíblia como meu primeiro livro.
7M – E o Papa, também já se percebeu, é uma figura muito relevante para si. Pelo menos, cita-o com frequência.
P.A. – É muito, muito relevante. Este Papa tem devolvido a verdadeira essência apostólica da Palavra e da mensagem bíblica. Acabámos de o dizer, não é?… Há dois mil anos atrás, é a primeira vez que se coloca a questão do povo, da pessoa, do outro, do pobre. Na história de toda a humanidade, não há nada igual. Daí que o tempo comece a contar no ano do nascimento de Cristo.
Não é um calendário romano, é porque de facto a Bíblia faz essa clivagem. Assim como a Ilíada e a Odisseia já tinham feito a clivagem entre mitologia e pensamento – porque a mitologia explicava o mundo de uma determinada maneira mas o pensamento explica doutra –, a Bíblia faz a clivagem entre a mitologia, o pensamento e, sobretudo, a implicação que o pensamento tem nos mais pobres e nos mais fracos.
E essa Palavra [é] de esperança. Eu evito usar a palavra esperança. Porquê? Porque esperança significa que se vive na desesperança. Eu preferia viver na desesperança. Porque quando eu digo “espero vir a beber” é porque estou a viver um momento em que tenho sede. Se eu não disser “espero vir a beber” é porque não preciso, estou bem. Mas tem de se usar a palavra esperança. A Bíblia devolve a esperança à humanidade e é o que este Papa faz. De resto, João Paulo I também já o tinha anunciado. E para nosso encanto e maravilha, o Papa Francisco continua pujante na sua mensagem, permanentemente acertada.
7M – Já referiu a necessidade do tempo e do tempo de silêncio. Precisamos de tempo para quê? Hoje é um problema grave a forma como lidamos com o tempo?
P.A. – O tempo é aquilo que já não volta. É a única coisa que não podemos inventar. A humanidade pode inventar tudo, mas tempo não inventa. Inventa formas de dilatar o tempo. A ciência tem agora esta coisa nova de que vamos ser todos imortais e que vamos viver todos até aos 200 anos. Eu não sei para que é preciso viver tanto tempo. O que interessa é que o tempo que vivemos seja um tempo efectivamente cumprido. A vida é uma bênção que não se vai repetir e que é preciso viver no momento presente, não pode ser adiada. Na realidade, uma das grandes forças para as quais vale a pena viver é para aqueles que nós amamos. Aqueles que amamos, é a esses que nós dedicamos o tempo….
E o que é viver efectivamente o tempo? É a devolução à terra, ao cheiro, à natureza, a esse deus supremo que é a natureza, a bênção do amor, da pessoa amada, da família, da literatura. E, obviamente, da música, da arte, da religião nesta plenitude de encontro da fé com o gesto e não o desencontro daquilo que se diz que se acredita para depois se fazer tudo ao contrário, com implicações que não se vêem no momento, mas que vão ter, na foz, uma brutal consequência.
Quando me refiro a esse tempo, e tempo do silêncio, é isso: esse retorno a esta necessidade de desligarmos os aparelhos. Claro que, nesta realidade, os aparelhos têm lugar. Eu também os uso. Mas há momentos para usar os aparelhos e há momentos para pegar no Guerra e Paz, do Tolstoi, e ler, como há momentos para pegar nos filhos e ir andar de bicicleta e para fazer desporto…
7M – Na entrevista à RTP também fazia uma pergunta muito bonita: “Onde está o silêncio, o ruído do vento, dos pássaros, das crianças a brincar, o nada?…”. Essa incapacidade que temos hoje de não fazer nada que nos leva a encher os tempos livres com “animação”…
A propósito da canção sobre o pequeno Aylan – Porque É Que Não Fui Eu?–, o poema diz: “Meu Deus, meu Deus / Porque é que não fui eu?” Podemos ler isto de duas maneiras: uma pergunta retórica, porque estamos sempre a dizer “meu Deus”, por tudo e por nada; ou uma pergunta que diz “de facto podíamos ser nós a estar naquela situação”. Significa o quê, neste poema?
P.A. – Significa, em primeiro lugar, o choque perante aquela imagem. Aquela imagem não é única. Há milhares de imagens assim, aquela foi a que chegou ao público. Mais do que haver milhares de imagens assim, há centenas de milhares de imagens daquelas que nós não vemos. Eu aconselho a verem um filme chamado Na Síria, passado no apartamento de uma família que vive uma vida normal: o avô, a mãe, três filhas, um rapaz com os problemas de adolescente, todos na mesma casa. E, de repente, começa a guerra na Síria. A câmara nunca sai do apartamento. É um filme absolutamente notável, que é fundamental ver.
E isto quer dizer o quê? Quer dizer que se abate sobre uma família uma desgraça total, de uma guerra absolutamente injusta – como todas as guerras, será que há alguma guerra justa?… Nessa guerra, as vítimas são aqueles desgraçados, pessoas como nós, que vivemos uma vida normal e, de repente, deixamos de poder descer e ir ao supermercado e ao café. Deixa de haver café, deixa de haver supermercado, o que é que temos de fazer? Fugir. Fugir, com o que resta nos braços. O que é que resta nos braços? Filhos. E, depois, fazer quatro mil quilómetros e atravessar um deserto e morrer na fronteira do México com os Estados Unidos, à sede? Ou atravessar o Mediterrâneo e morrer na praia, como o Aylan?…
7M – E o Ney Matogrosso ajuda muito a dar essa força no dueto…
P.A. – Sim, claro. Eu convoco o Ney para dar exactamente essa voz. Há um diálogo entre esta criança e Deus, em que Deus (que é o Ney) lhe diz “vem a meus braços, pequeno Aylan, de onde vens não veio amanhã, vem a meus braços, menino, que eu também sou pequenino”. No fundo é dizer “não estás sozinho”.
7M – A escolha do Ney para esse dueto também teve a ver com a actual realidade do Brasil ou foi…?
P.A. – Não, o Brasil na altura não estava ainda nesta realidade sinistra.
7M – Apesar de tudo, sugere que é preciso amor, mesmo em tempo de todos os muros que foi referindo…
P.A. – Mas resta mais alguma coisa?… O quente é uma energia. Tudo o que tem energia provoca calor. E tudo o que não tem energia está frio. A pedra está fria, a matéria inerte está fria. Tudo o que faz fricção aquece, faz energia. Portanto, o quente existe. O frio não existe porque é ausência de energia. O quente é a energia total. Quando um corpo frio se aproxima de um quente, o que é que acontece ao quente? Arrefece. Porquê? Porque passa a sua energia para o frio. E o frio deixa de ser frio e começa a existir, porque começa a ficar mais quente.
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