Reverberações inactuais do sentir católico

“Playlist” pascal: Mahler, Beethoven, Bach e Haydn

| 25 Abr 2023

Sobrado, Mosteiro, Claustro

Claustro do Mosteiro do Sobrado (Galiza): “Algures no meu diário monástico, encontrei este fogacho que escrevi no silêncio das águas ecoantes do claustro interior do repouso eterno monacal.” Foto © P. Lameiro / Wikimedia Commons

 

Algures no meu diário monástico, encontrei este fogacho que escrevi no silêncio das águas ecoantes do claustro interior do repouso eterno monacal: «Agora entendo no meu corpo próprio a filósofa Simone Weil que, no seu livro A gravidade e a graça, no capítulo “Mística do trabalho”, escrevia o seguinte: “Os trabalhadores têm necessidade de poesia mais do que de pão. Necessidade de que a sua vida seja um poema. Necessidade de uma luz de eternidade. Só a religião pode ser fonte dessa poesia. O ópio do povo é a revolução, não a religião. Estar privado dessa poesia explica todas as formas de desmoralização. A escravidão é o trabalho sem luz de eternidade, sem poesia, sem religião […]. Trabalho manual. O tempo penetra no corpo. Pelo trabalho o homem se faz matéria, igual a Cristo pela Eucaristia. O trabalho é como uma morte. Há que passar pela morte. Há que sofrer a morte, experimentar a gravidade do mundo”.»[1] (Sobrado, Páscoa 2017).

Da Playlist pascal pessoal, a poesia musical que transborda o ser falível que somos, que nos abre para o mistério absoluto da existência, para uma vida em relação, para a frescura dos gestos que transforma o nosso quotidiano pleno de gravidade e de graça, escolho três emblemas entre tantos outros, clássicos ou contemporâneos. A Sinfonia em Dó menor, nº 2, de Mahler, também conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, em particular a Luz Primordial ou Originária (Urlicht) do penúltimo andamento de cinco movimentos intensos, que expande o espaço até ao infinito e irradia o nosso ser na apoteose de corações feridas por essa chama primordial inapagável, se por ela nos deixarmos tocar. Faz parte também essa grande obra imemorial, a Missa Solemnis em Ré maior, Op. 123, de Beethoven, talvez inigualável, quer do ponto de vista conceptual quer emocional. Ouvi-la é sair com os ouvidos feridos de luz, escarpados por um magma denso e aos mesmo tempo suave, que à sua passagem nos lança no abaixamento do corpo glorioso. E como não poderia deixar de ser Bach, ter sempre Sebastian Bach por perto, com as três Paixões grávidas de exaltação perturbadora, como uma tábua de salvação em tempo de dúvida e de tropeço, onde se condensa todo o mistério da Palavra, do Silêncio e do Corpo que somos no corpo sensível de Cristo. Da Playlist pascal fazem parte outros mais contemporâneos, não só clássicos, deixando para outro momento a sua manifestação.

 

Não obstante a turbulência das palavras, a inquietação do mistério ali condensado, foi belo escutar As últimas sete palavras de Jesus Cristo, op. 51, de Franz Haydn, como se fosse esse o nosso próprio mistério mais profundo, pela Orquestra Barroca da Casa da Música, com direcção e cravo por Laurence Cummings, intercalada com a narração e interpretação soberba de Sara Carinhas dos textos bíblicos e de autores como Marguerite Yourcenar, Vicente Sanches, Herberto Helder, Daniel Faria, Erri de Luca, escolhidos sabiamente por Nuno Carinhas. Esta feliz comunhão de textos e música, de alta qualidade, de vinho bom, de corpos em presença litúrgica no espaço, mobiliza todos os nossos sentidos e atenção. Depois desta travessia em comunhão fulgurosa, não seria possível sair da mesma maneira como se entrou. Há metamorfose, da morte um devir ressurreccional criativo infinito. Não deixa de ser animador a presença de uma plateia numerosa e tão jovem para escutar tão denso mistério pascal. A qualidade sensível da proposta não escolhe pessoas nem idades. Esta poética do sensível a ser reabilitada dará ao cristianismo, em particular ao catolicismo, que dela anda hodiernamente muito afastado, optando por vias mais sensacionalistas, dóceis e massificadas de consolação imediata de uma certa religiosidade ou espiritualidade do custo-benefício em expansão, uma nova presença no mundo, que não somente ritualística, moralista ou sócio-caratitativa. Não é mais viável o catolicismo contemporâneo continuar a temer a chama ardente da grande arte, pois ela exercita em nós a capacidade contemplativa, cuida a atenção ética, exerce a vigilância do sensível, instaura a variação imaginativa do mundo, como as redes arrastam consigo a algas palpitantes do fundo do mar.

A reabilitação da arte como habilitação do humano é talvez o que ainda nos pode orientar e mobilizar para um horizonte de sentido e para recriar espaços de envolvência fraterna. Poderíamos perguntar: mas que arte é ainda possível? A arte que abre e trabalha por dentro as figuras primitivas do ser, que expõe as fissuras da miséria humana, que encontra o fundo inumano para lhe dar a sua dimensão mais que humana, a presença sensível da transcendência, que abre espacial e temporalmente para o que não é nós mesmos, para a sobrevida. Perdida ou secundarizada toda a dimensão poética da existência, a experiência religiosa simplesmente perde a sua força simbólica, o exercício da metáfora, a reelaboração da linguagem que dá o corpo do pensamento e torna possível toda a práxis. Vive-se um tempo de embrutecimento da palavra, sem metáfora nem simbólica, e se a há ela é reduzida à ilustração, à repetição mecânica, à categoria de exemplificação, ou como se diz, para ser consolatória, útil e funcional! A pobreza da linguagem diz a pobreza da imaginação, do pensamento e da prática. Esquecido o mundo da expressão e o mundo sensível, que o corpo poético-narrativo reúne em si, sobra somente a religião política ou a politização da religião, que é, como quem diz, a religião que gere o sacro e o torna rentável, comestível e estandardizado. A religião que não perturba, não interroga, não inquieta, apenas consola e aquieta, perde a sua própria procura.

O “espírito mercantil” ou burguês é a morte da experiência religiosa enquanto tal, e da própria arte, o espírito da satisfação total.  Mas também aqui tudo pode tornar-se facilmente um logro, visível no afundamento de algumas comunidades religiosas que tinham no seu espírito e prática essa nova sensibilidade estético-poética aprimorada. A tentação gnóstica está sempre presente, mesmo no mundo das artes, consistindo na firme convicção de que apenas uns poucos podem aceder a verdadeira revelação, à luz da verdade, não restando ao resto senão a danação eterna ou quando muito a salvação por via do seguimento absoluto dos eleitos ou escolhidos, os únicos capazes de decifrar os hieróglifos ou os arcanos da fé e do saber eternos. Tudo o que se aparta ou pretende afastar-se da vida do mundo, que procura sublimar o primitivo, o ser selvagem, afasta-se do princípio da encarnação do Verbo, da carne ontológica que se faz desejo e movimento de animação do corpo que somos e temos (corpo animado ou corpo vivente), de uma erótica que é irradiação de seres comungantes de vida, que não vive da duplicidade que leva à loucura assente na histórica divisão do corpo e do espírito, da consciência e do mundo, da vida afectiva e do pensamento, do desejo e do orgânico, ego empírico e ego transcendental. Todo o drama do pensamento está no drama da vida afectiva. Como seria possível pensar sem desejar nem amar efectivamente? Não é ideia de um amor universal uma ilusão quando aquele que ama universalmente não ama nenhuma pessoa em particular? Como é possível amar em nome de…, canalizando todo o amor para uma figura ideal, sem um “eu” que ama nem a quem amar propriamente, em carne e osso, de lágrimas e sangue? Não estará precisamente aqui a origem de toda a clivagem e perversão psíquico-religiosa, pois amando em nome de… não se é capaz de amar propriamente ou singularmente alguém em particular? Muitos amando em nome de Deus (ou de Cristo, de Maomé ou de Buda) odeiam, vilipendiam e matam (literal ou metaforicamente) o seu próximo, sem se darem contra do contra-senso. Veja-se a actual tergiversação de um certo extremismo político identitário em que, por um lado, se afirmam cristãos à Sylabbus, mas por outro lado, impõe formas de actuação política em contramão total com a fé que professam. Por um lado, Deus, Pátria e Família, e por outro a recusa de toda a hospitalidade ao estrangeiro, ao outro crente, ao outro adversário político. Se a base do cristianismo teológico e ético é a pessoa de Cristo, em particular a carta magna das bem-aventuranças, que deu origem à secular Declaração Universal dos Direitos Humanos, como é possível esta deriva, não só ao mais alto nível político-eclesiástico, mas ao nível de uma parte substantiva dos crentes católicos de base ditos “cristãos de convicção”?

Luz

“Se não há estética sem ética, também não haverá verdadeira ética sem uma estética, sem um novo olhar, tocar e sentir diversamente o mundo.” Foto © Huynen / Unsplash

 

Se a religião procura ser a afirmação de uma verdade religiosa absoluta sobre a vida, o mundo e a conduta humana, não há como negar que há um princípio de violência inerente a todo o discurso religioso, na medida em que procura e deseja deter a verdade única e exclusiva sobre Deus, o humano e o Mundo. A religião da encarnação divina no mundo torna-se assim a religião da separação, da distância, do ídolo que se basta a si mesma, como compreensão total e absoluta, portanto simplificada, da inevitável complexidade e pluralidade cultural da humanidade. Quando se diz que o Ocidente é de matriz hebraico-cristão esquece-se que ele foi primeiramente helénico, que essa matriz absorveu e transformou no interior do seu próprio discurso e práticas. A Universalidade crística passa a ser então uma forma escamoteada de particularismo, e nesse sentido, cessa de ser universal, proposta de caminho e de liberdade para todos os humanos, sem excepção, para passar a ser imposição e obrigação de reconhecimento. Foi este processo de deriva e de rigidez que nos conduziu ao estado actual de coisas, à insensibilidade diante das formas diversas de ser no mundo, já não à morte de Deus, mas à morte do próximo em nome de um pseudo-identidade religiosa difusa e politizada, que acontece mesmo sob os nossos olhos.

É conhecida a frustração de Antonin Artaud, aquando da sua conferência na prestigiada Sorbonne sobre o “Teatro e a Peste”, a 6 de Abril de 1933, pois, invés de conferência, o poeta e dramaturgo decidiu a certo momento exprimir-se com o corpo, com o “fogo das suas entranhas”, na sua forma mais crua e dura, para estupefacção do auditório, que o recebeu no final com vaias e impropérios. Diz Antonin Artaud: «Só querem ouvir falar de; querem ouvir uma conferência objectiva sobre o teatro e a peste, ao passo que eu quero oferecer-lhes a própria experiência, a própria peste, para ficarem aterrorizados e acordarem. Quero acordá-los. Não compreendem que estão mortos. A sua morte é total, como uma surdez, uma cegueira. Mostrei-lhes a agonia. A minha, sim, e a de todos o que vivem». A escritora Anaïs Nin, que estava presente na primeira fila, a pedido de Artaud, numa conferência repleta de gente, que acompanhou Artaud pelas ruas escuras e chuvosas de Paris, após a malograda conferência experimental, escreve no seu diário o seguinte: «Para ele morrer de peste não era mais terrível do que morrer de mediocridade, de espírito mercantil, da corrupção que nos rodeia. Queria que as pessoas tomassem consciência de que estavam a morrer. Metê-las à força num estado poético. “A hostilidade deles só prova que os perturbou” [disse-lhe Artaud]. Mas que choque, ver um poeta sensível perante um público hostil. Que brutalidade, que fealdade nesse público!» («Apresentação. Antes de Rodez», de Aníbal Fernandes, in Eu, Antonin Artaud, Sistema Solar, pp. 20.21). Um acto que viria a ser fatal para Artaud, levando-o à exasperação e ao estado de loucura. É contra o pensamento positivo ou positivismo lógico que cega e ensurdece que o “poeta maldito” se insurge. Pensamento esse que invadiu e invade todos os campos do saber e do fazer e do imaginário social, e da própria experiência crente cristã, que parece pouco apta ao poético, satisfazendo-se com a estrutura, com a positividade, o realismo, “as coisas são como são” ou a “realidade é como é”. Mas ver (tocar, sentir, pensar…) não será sempre ver mais do que aquilo que se vê? Não se espere aceitação imediata e total das coisas que provocam alta tensão, sejam elas coisas do pensamento, da arte, das ideias ou de projectualidades, pois só a paciência do tempo poderá esculpir um lugar para elas em nós, para depois serem património público desejado e assumido por todos.

Se não há estética sem ética, também não haverá verdadeira ética sem uma estética, sem um novo olhar, tocar e sentir diversamente o mundo. E dificilmente haverá escatologia, as coisas últimas, sem ética e sem estética. Portanto, uma escato(est)ética arquitectural do Ser vertical que vive da ética e da estética, como transfiguração dos nossos corpos, das nossas motivações, situações e espaços deste mundo para um outro modo de ser e de viver – a vida em Deus, de Deus como abismo, Fundo sem Fundamento? Tudo em nós é uma grande interrogação permanente, ocasião para um corpo próprio que se espanta na sua própria turbulência e indigência, com o seu próprio corpo impróprio, por vezes corpo estranho, como se um outro ser ou potência fantasmática o habitasse. Mas não será precisamente esse impudor que faz dele uma força criadora de vida, um pasmo de ressurreição, de revivificação aberta das cinzas cravadas no chão, um levantar voo até ao infinito no finito? A haver uma “fenomenalização de Deus” ela será sensível, no corpo existencial de Cristo e dos humanos, que a arte expressa como gesto, como visão ou como movimento cósmico, no enigma irresolúvel da presença de uma ausência, de um invisível do visível, no qual somos, nos movemos e existimos, sem disso nos apercebermos nitidamente ou explicitamente.

Pois, como bem afirmava Simone Weil, por experiência própria na carne, pois ela sofreu as mesmas dores dos mais pobres do seu tempo, sendo ao mesmo tempo uma intelectual do mais alto nível, “os trabalhadores têm mais necessidade de poesia do que de pão”. Muitos ainda não perceberam isso, olhando para as artes do sentido que sublima o humano como uma espécie de adorno, ilustração ou como frequentação apenas elitista, como se os pobres ou não letrados não tivessem a necessidade de ver, ouvir e sentir o belo, o justo e o verdadeiro. Talvez sejam esses os que melhor compreendem a profundidade a verdadeira arte, pois muitos dos grandes artistas foram homens e mulheres pobres, excluídos e marginalizados, criando o sublime na penúria existencial. Enriquecidos ficamos nós com a herança imaterial que nos deixaram. Não admira que tenham em Cristo crucificado a sua inspiração e força maior, a sua luz ressurreccional. A arte, a verdadeira arte, é uma travessia visceral do caos e da morte para o iluminar por dentro, para que o buraco negro do abismo ou a gravidade do mundo não nos tolhe a irradiação espantosa da vida, que nos impele a procurar entre os vivos o Vivente, a sua presença sensível não obstante a ausência física da sua presença. Pois, como afirmava ainda Weil, no capítulo “Aquele que é necessário Amar está ausente”: «Deus não pode estar presente na criação senão sob a forma da ausência»[2]. Este será, porventura, o paradoxo dos paradoxos, tanto filosófico quanto teológico, em torno do qual gravita toda uma existência pensante.

Para aprimoramento da consciência humana, crente ou menos crente religiosamente, já que humanamente nos habita a todos uma fé perceptiva originária que suporta o mundo, fica o texto do Quarto e Quinto andamentos da “Sinfonia da Ressurreição”, de Gustav Mahler[3], que reflectem poética e musicalmente o seu próprio tormento (a busca de perdão) e ao mesmo tempo a esperança da redenção existencial. E não é isso o que todos nós, se humanos somos, procuramos e desejamos ao longo da nossa breve existência terrenal? Poderemos viver sem a possibilidade do perdão incondicional e sem a abertura da redenção já em acto, ao devir que transfigura o que é e o que já se foi? Como é que estes antigos permanecem tão nossos contemporâneos? Não será precisamente esse o grande paradoxo da arte, de nos surpreender sempre de novo, não obstante já termos visto, ouvido e tocado vezes sem conta? Será talvez uma força informulada que a habita e nos move, a vibrante presença silenciosa do meu próximo, do outro de mim ou do totalmente outro, das ultra-coisas ou quase-coisas atmosféricas, que nos resgata ou subleva dos abissais lodos da facticidade bruta, da crua realidade?

 

Quarto Movimento (Sehr feierlich, aber schlicht: muito solente, porém simples)

Luz Primordial

 Contralto

Oh! Pequena rosa vermelha!
O homem jaz na maior miséria!
O homem jaz no maior sofrimento!
Como eu gostaria de estar no céu!
Eu vim por um largo caminho:
Chegou um anjo que me quis afastar.
Ah, não! Não deixei que me afastasse!
Eu venho de Deus e hei-de regressar a Deus!
O bom Deus dar-me-á uma pequena luz.
Iluminar-me-á até à vida eterna!

– Des Knaben Wunderhorn (texto extraído da colectânea de contos a Trompa Mágica do Rapaz)

 

Quinto Movimento (Im Tempo des Scherzo: Wild herausfahrend “Aufersteh’n”: No mesmo tempo do Scherzo. Condução selvagem até ao coro “Ressurreição”)

 Coro e Soprano

Ressuscitarás, sim ides ressuscitar,
Cinzas minhas, depois de um curto repouso!
A vida imortal
ser-te-á dada por Aquele que vos chamou!
Estais semeadas, para florir de novo!
O Senhor da colheita
vai recolher os feixes de nós,
que morremos!

– texto de Friedrich Klopstock

Contralto

Crê pois, meu coração, crê!

Nada irás perder!
É teu, sim é teu o que sentiste.
É teu o que desejaste, aquilo por que lutaste!

Soprano

Crê: não nasceste em vão,
Não viveste e não sofreste em vão!

Coro e Contralto

O que aconteceu tem de passar
O que passou, tem de ressuscitar!
Deixa de tremer!
Prepara-te para viver!

Soprano e Contralto:

Oh, sofrimento! Tu, que penetras em tudo,
Já te escapei!
Ó morte, tu que tudo conquistas,
Agora estás derrotada!
Com as asas que ganhei,
Na ardorosa luta do amor,
Levantarei voo
Em direcção à luz que nenhum olho penetrou.

Coro

Com as asas que ganhei
Levantarei voo
Morrerei para viver de novo!
Ressuscitarás, sim ressuscitarás,
Meu coração, num instante!
O teu caminho
Levar-te-á para Deus!

– texto de Gustav Mahler[4]

 

[1] Simone Weil, A Gravidade e a Graça, Relógio d’Água, Lisboa, 2004, pp. 178, 179.
[2] Simone Weil, A Gravidade e a Graça, Relógio d’Água, Lisboa, 2004, p. 110.
[3] Para uma melhor compreensão de toda a obra, a excelente nota de Paulo Assis, de 2010, em https://www.casadamusica.com/en/artistas-e-obras/obras/s/sinfonia-em-do-menor-n%C2%BA-2-ressurreicao-gustav-mahler/#tab=0
[4] Cf. https://guiadosclassicos.blogspot.com/2013/05/1894-mahler-sinfonia-n-2-ressurreicao.html.

 

João Paulo Costa é presbítero da Igreja Católica, investigador na área de filosofia e autor de À sombra do invisível (Documenta, 2020)
Páscoa 2023

 

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