
O portal Church Militant considera que a fotomontagem publicada pelo órgão do Vaticano constitui uma apologia ao movimento “Black Lives Matter”, é “ofensiva” e uma “blasfémia”. Foto: Direitos reservados.
“Uma imagem vale mais do que mil palavras”, diz a legenda da fotomontagem que a Pontifícia Academia para a Vida publicou este sábado, 12 de setembro, na sua conta de Twitter. Nela, pode ver-se a Pietá, a escultura de Miguel Ângelo, segurando um Jesus de cor negra, em vez do branco original. O tweet recebeu centenas de comentários positivos, mas gerou também fortes críticas, nomeadamente da parte de sites católicos norte-americanos conhecidos pelo seu conservadorismo.
Uma das reações mais negativas foi a do portal Church Militant, que considera que a publicação do órgão do Vaticano constitui uma apologia ao movimento “Black Lives Matter” (As vidas negras importam), é “ofensiva” e uma “blasfémia”. “O vandalismo do Vaticano imita o iconoclasta louco Laszlo Toth”, afirma o site, referindo-se ao geólogo húngaro que, em 1972, vandalizou a famosa escultura.
Na sequência da polémica, o porta-voz da Pontifícia Academia para a Vida, Fabrizio Mastrofini, respondeu às críticas. “Não há nenhum tipo de ligação com o movimento ‘Black Lives Matter’, é uma manipulação politizada. Esta imagem pretende ser uma mensagem contra o racismo a 360 graus”, explicou, citado pela ANSA. “Estes comentários”, concluiu, revelam “uma triste situação eclesial”.