
Trabalho digno e salários justos: parece fácil, mas não será assim tão simples. Foto: Amnistia Internacional
O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) assinala o Dia Mundial pelo Trabalho Digno que se celebra a 7 de outubro, com uma mensagem dirigida a todos os que são impactados pela realidade do trabalho, sejam eles patrões, governos ou trabalhadores.
Na mensagem, que foi escrita pelo grupo do MMTC na Índia, refere-se a importância de garantir uma “rede de proteção social mínima para todos os trabalhadores independentemente do salário, tamanho da empresa e lugar de origem”.
O documento enviado às redações expressa ainda alguns receios sobre o estado do mundo laboral pós-pandemia, principalmente no que diz respeito às mulheres, que “tiveram de assumir grande parte da carga adicional do cuidado dos filhos enquanto as escolas fecharam”. “Em alguns países, a participação das mulheres na população activa caiu para o seu nível mais baixo desde os meados dos anos 80”, refere o MMTC, que acrescenta que “o vírus aumentou as diferenças dos salários ou de riqueza em função da classe, raça e género”.
Esta perspetiva do trabalho digno, transversal ao documento, está também relacionada com o proporcionar “oportunidades de trabalho produtivo” com o seu respetivo “salário justo”, mas não só. Segurança no trabalho, liberdade para as pessoas expressarem os seus pontos de vista e se organizarem são outros dos aspetos importantes que o documento salienta.
Este movimento considera que a segurança social, nos diferentes países, “ajuda a mitigar o impacto económico e social das recessões económicas, a gerar resiliência e a acelerar a recuperação do crescimento geral”. “Uma segurança social adequada fomenta o investimento em capital humano tanto para os empregadores como para os trabalhadores”, defendem os autores da mensagem.