
O programa de corredores humanitários implementado pela Comunidade de Sant’Egidio, para a “integração dos refugiados nas sociedades de acolhimento”, esteve na origem da atribuição do prémio.Foto. Comunidade de Sant’Egidio.
Já na quarta edição, o prémio Zayed pela Fraternidade Humana foi este ano atribuído à Comunidade de Sant’Egídio e à pacificadora queniana “Mama Shamsa” e será entregue neste sábado, 4 de fevereiro, Dia Internacional da Fraternidade Humana. Trata-se do galardão instituído a partir do documento histórico assinado pelo Papa Francisco e o grande imã Al-Tayeb em 2019, em Abu Dhabi.
Comentando a atribuição, Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade, disse ser “uma grande honra para Sant’Egidio” receber este prémio que “representa um forte estímulo para continuar no compromisso em favor da fraternidade, da paz e do serviço aos mais pobres do mundo”.
Shamsa Abubakar Fadhil, conhecida no Quénia como “Mama Shamsa”, foi contemplada com o prémio Zayed por ter contribuído “para a construção de um mundo mais pacífico e compassivo através do avanço dos valores da fraternidade humana e do exemplo inspirador de promoção da coexistência pacífica”.
No caso de Sant’Egidio, foi reconhecida “a contribuição para o sucesso das negociações de paz e resolução de conflitos através da diplomacia religiosa e do diálogo intercultural”, nomeadamente em Moçambique e na Guatemala, e o programa de corredores humanitários, para a “integração dos refugiados nas sociedades de acolhimento”.
O prémio, no valor de um milhão de dólares, foi instituído em 2019 para assinalar o encontro de Abu Dhabi entre o papa Francisco e grande imã de Al-Azhar, Ahmed Al-Tayeb, durante o qual ambos assinaram o Documento sobre a Fraternidade Humana.