
Manifestacao em defesa da Amazónia. Foto © Forum Social Pan-amazónico
Uma Igreja Católica alinhada com os povos indígenas da Amazónia e com o cuidado da casa comum é uma das notas principais que sai da primeira assembleia da recém-criada Conferência Eclesial da Amazónia (Ceama), que decorreu de forma virtual e que contou com a participação de líderes indígenas e responsáveis de comunidades católicas, além de bispos dos nove países da região.
“A Conferência é uma experiência muito interessante, porque colocou a Igreja ao lado dos mais necessitados. A Igreja optou pelos mais pobres da Amazónia, pelos povos indígenas, pelos cuidados da casa comum”, afirmou Patricia Gualinga, líder do povo kichwa, de Sarayaku, na Amazónia equatoriana, citada no Religión Digital.
É esta a perspectiva que te sido trabalhada nestes meses que levaram à criação da Conferência Eclesial da Amazônia, diz o comunicado final da assembleia. A Igreja Católica, com os missionários que estão na região, decidiu estar do lado dos indígenas e já não “dos poderosos” ou “das grandes potências”, mas antes “cuidando da criação, cuidando deste ecossistema único, cuidando do respeito pelos direitos”.
O processo deve, agora, continuar, diz comunicado final, “articulado com o CELAM [Conselho Episcopal Latino-Americano, que reúne todos os bispos católicos da América Latina] e as diferentes redes eclesiais amazónicas”, em aliança “com os povos amazónicos e em defesa da Casa Comum”.