
O complexo inclui três edifícios, onde a instituição irá instalar o IFES – Instituto de Formação para a Economia Social , um centro de congressos, um espaço “porta aberta” dedicado à Economia Social (com biblioteca, zonas de exposição e áreas de coworking), entre outros serviços. Foto © Fundação UNITATE.
A escassos quilómetros da cidade alentejana de Borba, numa área total de 45 mil m2, irá nascer brevemente o UNITATE Campus, ou “o primeiro campus no mundo dedicado exclusivamente à Economia Social”. Quem o garante é Tiago Abalroado, presidente do conselho de administração da Fundação UNITATE e um dos responsáveis pelo inovador projeto, sobre o qual falou ao 7MARGENS.
O complexo, recentemente adquirido pela fundação, inclui três edifícios, onde a instituição irá instalar o IFES – Instituto de Formação para a Economia Social (criado já em 2020), um centro de congressos, um espaço “porta aberta” dedicado à Economia Social (com biblioteca, zonas de exposição e áreas de coworking), uma incubadora social, um laboratório de inovação social, salas de formação, um centro de consultoria em responsabilidade social, e ainda uma área de restauração.
Criada em outubro de 2013, inicialmente sob a forma associativa, a Fundação UNITATE inspira-se nos princípios da Doutrina Social da Igreja Católica, e tem procurado envolver e mobilizar os vários atores do setor social em Portugal.
“Neste momento, apoiamos, através das diferentes atividades da fundação cerca de 1.500 IPSS em todo o país e sentimos que é um setor que continua a precisar de muito suporte”, afirma Tiago Abalroado. Estando o novo espaço “a 20 quilómetros da fronteira com Espanha, temos aqui uma oportunidade de estabelecer também essa relação com instituições espanholas, mas a nossa prioridade continua a ser Portugal”, acrescenta.
O responsável adianta que espera que os primeiros serviços do campus possam entrar em funcionamento “no espaço de seis meses”, nomeadamente na área da formação. “Neste momento, estamos a definir quais as respostas que faz sentido abrir primeiro e isso dependerá também da articulação com os atores locais – salvaguarda -, mas a formação é sem dúvida uma das necessidades mais sentidas no setor e uma das nossas preocupações será a de ajudar a formar pessoas para desempenhar funções nesta área, dando-lhes aqui a oportunidade de aprender não só a teoria como a prática, aplicada em respostas sociais reais”.
Acima de tudo, “é o mesmo espírito de serviço que prevalece” e a vontade de construir pontes também. “Queremos estabelecer parcerias chave com todas as entidades dos setores público e privado que se queiram associar à Fundação UNITATE para fazer deste um espaço aberto, de todos e para todos”, conclui Tiago Abalroado.