
Rowan Williams, ex-primaz anglicano, aqui em 2012, é um dos nomes convidados pela Universidade Católica Australiana. Foto © National Assembly for Wales, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons.
A Universidade Católica Australiana (ACU, na sigla inglesa) acaba de recrutar “alguns dos principais teólogos católicos do mundo” para liderar um novo projeto internacional que visa “reconstruir as teologias da catolicidade”.
O projeto, intitulado precisamente “Teologias da catolicidade”, prolongar-se-á por cinco anos e basear-se-á em fontes originais e clássicas para fornecer novas perspetivas para a vida contemporânea, seguindo o modelo dos teólogos do ressourcement [regresso às fontes] de meados do século XX, que lançaram as bases para o Concílio Vaticano II.
Com a coordenação de Philip McCosker (Teologia Histórica e Fundamental, antigo diretor do Von Hügel Institute for Critical Catholic Inquiry em Cambridge), o projeto ficará sediado no Instituto de Religião e Investigação Crítica (IRIC) da ACU, contando com a participação de nomes influentes da teologia anglo-saxónica como Rowan Williams (ex-arcebispo de Cantuária e ex-primaz da Comunhão Anglicana), Stephan van Erp e Judith Wolfe.
Peter Howard, docente e diretor do IRIC, comentou, no site da Universidade anfitriã, que a Igreja Católica estava madura para um grande projeto internacional que traga profundidade e pluralidade” à disciplina da Teologia, entendendo ser “essencial que a Igreja retorne periodicamente aos seus textos básicos e os reexamine à luz de um mundo em mudança”.
“O Vaticano II, comentou ainda o professor Howard, foi uma tal lufada de ar fresco para a Igreja que por si só se tornou uma fonte-chave para a teologia subsequente”, a ponto, acrescentou, de “ter havido uma tendência de ignorar os textos-fonte”. O projeto “Teologias da catolicidade” propõe-se, assim, “restaurar essa bolsa de estudos para a Igreja”.