
Foto Vítor Fonseca-Rotiv74/ Wikimedia Commons.
À luz das estrelas floriram-lhe as asas
E ao albor o Cristo-Rei lançou-se e voou
Espelhado no Tejo viu-se livre e transfigurado
E as nuvens parecia que o amparavam como anjos
Por fim podia descansar os braços exaustos
Encontrar outras perspectivas das margens e do mar
Sentiu a tranquilidade feliz do anonimato
E brincou com as gaivotas sentado à beira-rio
Passaram depressa dois mil anos, pensou
Tantos equívocos, quanta dor e abandono
Mas o amor ainda ecoa como terra prometida
Naqueles que constroem e cruzam as pontes
Liomarevi (pseudónimo literário), 31 de Agosto de 2020