
Ministro da Justiça da Dinamarca, Peter Hummelgaard. Foto retirada Redes Sociais
A profanação de qualquer livro sagrado, como seja o queimá-lo em público, pode passar a ser um ato ilegal, se vier a concretizar-se a intenção do governo dinamarquês nesse sentido, revelada esta sexta-feira, 25 de agosto e noticiada pela Associated Press (AP).
A medida do governo de centro-direita surge na sequência de uma série de atos de profanação pública do Corão, por parte de ativistas anti-islâmicos, os quais desencadearam manifestações de protesto e raiva em vários países islâmicos.
No entanto, as autoridades da Dinamarca pretendem que a medida se aplique não apenas a uma religião em particular ou a um único de tipo de atividade. A intenção, segundo declarações do ministro da Justiça Peter Hummelgaard será a de “proibir também o tratamento impróprio de objetos de significado religioso significativo para uma comunidade religiosa”, alargando a proibição, já vigente, de queimar bandeiras estrangeiras.
A Dinamarca, que, segundo a AP, tem sido vista como um país que facilita os insultos e a difamação das culturas, religiões e tradições de outros países, passaria a aplicar penas nestas matérias, que podem chegar aos dois anos de prisão.
Segundo dados publicados pelo jornal El País, desde meados de julho, mais de 150 exemplares do Corão foram queimados em ruas dinamarquesas, sobretudo na capital, e perto de mesquitas ou residências diplomáticas. Na Suécia, esta prática começou há quase três anos.