
O cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, encabeça o grupo de peritos que está reunido à porta fechada nas instalações da secretaria-geral do Sínodo. Foto © Wikimedia Commons.
A secretaria-geral do Sínodo anunciou que um grupo de peritos dos cinco continentes vai iniciar esta quarta-feira, dia 12 de abril, a reflexão para definir as questões e prioridades que deverão constar do Instrumentum Laboris, documento de trabalho para a primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para o Vaticano de 4 a 29 de outubro de 2023.
O grupo, constituído por 22 pessoas que participaram a vários títulos no processo sinodal 2021-2024, vai reunir à porta fechada nas instalações da secretaria-geral do Sínodo até dia 20 de abril, dia em que convocará uma conferência de imprensa para anunciar as linhas mestras dos passos que serão dados até à reunião sinodal de outubro. Do grupo fazem parte os sete membros da comissão preparatória do Sínodo sobre a sinodalidade criada a 15 de março deste ano pelo cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos. Ao todo serão dois cardeais, quatro bispos, sete padres, três freiras, três leigas e três leigos que estarão reunidos até dia 20 deste mês.
O processo agora seguido para pôr em marcha a redação do texto do Instrumento Laboris, guia da primeira das duas assembleias que os bispos de todo o mundo dedicarão ao tema da sinodalidade, é diferente daquele que levou à produção do Documento de Trabalho da Etapa Continental do Sínodo, divulgado a 27 de outubro de 2022 [ver 7MARGENS], e que serviu de “quadro de referência” para os trabalhos da etapa continental do caminho sinodal. Aquele documento, intitulado Alarga o Espaço da Tua Tenda (expressão do Livro de Isaías, capítulo 54), foi elaborado por um grupo de 21 peritos de diferentes continentes, realidades sociais e experiências de Igreja e sendo, em termos de género, quase paritário.
Ao contrário, o grupo que trabalhará no Vaticano nos próximos sete dias é predominantemente masculino e mais fortemente clerical, tendo como missão refletir a partir dos sete documentos resultantes de outras tantas reuniões realizadas em março deste ano nos diversos continentes. Estes textos serão analisados em detalhe para destacar questões e prioridades a serem aprofundadas durante a assembleia dos bispos de outubro.
De acordo com o Vatican News desta quarta-feira, a lista dos participantes do encontro desta semana é a seguinte: cardeal Mario Grech (secretário-geral do Sínodo dos Bispos); cardeal Jean-Claude Hollerich (relator do Sínodo sobre a sinodalidade); bispo Luis Marin de San Martín (secretário-adjunto do Sínodo dos Bispos); ir. Nathalie Becquart (secretária-adjunta do Sínodo dos Bispos); arcebispo Timothy Costelloe; bispo Lúcio Andrice Muandula; bispo Daniel Flores; mons. Pierangelo Sequeri; mons. Piero Coda; mons. Tomasz Trafny; pe. Giacomo Costa; pe. Dario Vitali; ir. Shizue Hirota; pe. Giuseppe Bonfrate; prof.ª Myriam Wylens; prof.ª Anna Rowlands; pe. Pasquale Bua; rev. ir. Marie-Kolbe Zamora; sr. Paolo Foglizzo; sr. Thierry Bonaventura; prof.ª. Susan Pascoe (online); sr. Mauricio Lopez Oropeza (online).