
“A questão da violência contra as mulheres é uma prioridade do combate ao tráfico”, defendem os responsáveis da ONG Talitha Kum. Foto © Talitha Kum.
No Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se assinala nesta quinta-feira, 25 de novembro, a Talitha Kum, rede mundial de combate ao tráfico humano, vai divulgar um apelo mundial à Igreja, aos governos e às organizações governamentais e intergovernamentais “para que continuem a comprometer-se com o combate ao tráfico, e a manter o trabalho de inserção económica e social das pessoas vítimas de tráfico.”
Gabriela Bottani, responsável da Talitha Kum, disse quarta-feira à Rádio Renascença que “a questão da violência contra as mulheres é uma prioridade do combate ao tráfico”, razão pela qual o apelo é divulgado neste Dia Internacional.
O seu lançamento será feito durante um debate online (entre as 15h e as 17h), em que participa o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano. O debate será transmitido no Facebook e no YouTube, com possibilidade de tradução em língua portuguesa.
Em Portugal, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres é assinalado, entre outras iniciativas, com o lançamento da campanha #PortugalContraAViolência, cujo vídeo de suporte pode ser visto a seguir:
Desde o início do ano até 15 de novembro, 23 mulheres foram assassinadas em Portugal, 13 das quais no contexto de relações de intimidade, segundo o relatório preliminar divulgado na segunda-feira, dia 22 de novembro, pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta.
Os dados, citados pelo Jornal de Notícias, indicam uma redução dos femicídios que, no mesmo período de 2020, tinham atingido as três dezenas.
Em França, o Ministério do Interior divulgou, no mesmo dia 22, que 139.200 mulheres foram vítimas de violência doméstica. A estas vítimas acrescem, de acordo com a televisão pública francesa, as 102 mulheres assassinadas durante o ano passado.