
Criança em Mossul, cidade iraquiana de onde muitos dos cristãos que estão atualmente em Badgad tiveram de fugir há oito anos. Foto © UNICEF / Anmar.
Em 2014, centenas de cristãos tiveram de abandonar as suas casas em Mossul e outras localidades da Planície de Nínive (no norte do Iraque) devido ao avanço das milícias do autodenominado Estado Islâmico (Daesh). Muitos encontraram refúgio em Badgad, num conjunto de edifícios que ficou conhecido como Campo de Refugiados Virgem Maria. Mas 120 famílias acabam de receber uma ordem de despejo da parte do Governo, porque esses edifícios, que pertencem ao Estado, serão convertidos num centro comercial.
A notícia foi avançada pela Agência Fides, que refere que o patriarca caldeu Louis Raphael Sako já foi visitar o complexo para mostrar a sua proximidade às famílias deslocadas, tendo iniciado contactos com as autoridades políticas nacionais “para adiar a evacuação por pelo menos um ano, ou até que se encontre uma alternativa adequada para acolher estas famílias”.
A ordem de despejo surge depois de, na passada quinta-feira, 13, o parlamento iraquiano ter eleito o curdo Abdel Latif Rashid como Presidente da República, o qual nomeou Mohammed Shia’ Soudany, um expoente da ala pró-iraniana dos partidos xiitas iraquianos, como primeiro-ministro.