
Uma criança apoiada pela Cáritas Venezuela: os bispos britânicos dizem que os países mais ricos devem ajudar os mais pobres, ainda mais em tempo de pandemia. Foto: Cáritas.
A hierarquia da Igreja Católica britânica condenou veementemente a decisão anunciada esta semana pelo ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, de reduzir a ajuda ao desenvolvimento em 2021 para 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) contra os habituais 0,7%, o que significa um valor de cerca de 10 mil milhões de libras (cerca de 11 mil milhões de euros), contra os 15 mil milhões de libras de anos anteriores.
O Partido Conservador havia prometido manter os 0,7% para financiar projetos de ajuda ao desenvolvimento em todo o mundo, mas justifica agora o corte com a “crise sem precedentes”.
Para o cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência Episcopal (católica) de Inglaterra e Gales, este é “um passo retrógrado”. “Nestes tempos extraordinariamente difíceis, não deveríamos voltar atrás com as nossas responsabilidades para com as pessoas mais vulneráveis do mundo, especialmente quando combater a disseminação da covid-19 significa necessariamente que os países mais ricos apoiem os mais pobres”, sublinhou. Ler mais aqui (em inglês).