Bispos do país confirmam

Religiosa assassinada em Moçambique poderá ser canonizada como mártir

| 9 Nov 2022

irma maria de coppi em missao em chipene mocambique, foto c combonianas

“Foi uma irmã muito preocupada com a evangelização, sempre pronta a ir para as comunidades e também muito dedicada com a formação e [em particular] com a formação da mulher”, afirma o bispo de Pemba. Foto © Combonianas.

Descrita por muitos como “uma santa”, a irmã italiana Maria de Coppi, assassinada durante um ataque terrorista à missão comboniana de Chipene (Moçambique) no passado mês de setembro, poderá vir a ser canonizada como mártir, defendem vários responsáveis religiosos daquele país, entre os quais os bispos de Nacala e Pemba.

“Eu conhecia-a e posso dizer que ela era a imagem de uma mãe, de uma santa. Ela estava realmente a ajudar toda a gente, com amor simples e humilde”, afirmou Alberto Vera, bispo de Nacala, em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Na sua opinião, é “possível um processo por martírio” para esta religiosa que dedicou praticamente seis décadas da sua vida ao povo moçambicano.

Apesar de não a ter conhecido pessoalmente, o atual bispo de Pemba, António Juliasse, escutou o testemunho do seu predecessor, com quem a irmã Maria de Coppi chegou a trabalhar diretamente numa missão. “Ela esteve em Pemba no tempo de D. Luiz e por via dele percebi a riqueza missionária que foi esta irmã para a Diocese de Pemba, em Balama, onde esteve. Foi uma irmã muito preocupada com a evangelização, sempre pronta a ir para as comunidades e também muito dedicada com a formação e [em particular] com a formação da mulher”, referiu também à AIS.

“A razão da sua morte foi a sua fé e a sua missão”, sublinhou, considerando tratar-se, desde já e “sem dúvida” de uma “mártir da Igreja”.

O bispo de Tete, Diamantino Antunes, lembra, por seu lado, que qualquer processo só começará após haver alguém ou uma entidade que assuma a autoria da causa de beatificação. “Penso que será, obviamente, a congregação das irmãs combonianas que fará um pedido ao bispo de Nacala para autorizar a abertura da causa. Ou seja, a causa só poderá avançar com a autorização do bispo diocesano, coisa que, é evidente, ele dará”, assegurou.

 

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