Resposta para escassez do clero

Responsável dos bispos da África Austral defende ordenação de homens casados

| 17 Ago 2022

Bispos do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SCEAM). Foto © SCEAM.

Bispos do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SCEAM): mudanças só avançam com acordo de Roma. Foto © SCEAM.

 

O presidente da Conferência Episcopal da África Austral, Sithembele Sipuka, da diocese de Mthatha, considera que “há uma necessidade” premente de garantir o acesso dos cristãos à Eucaristia e que a solução deve passar pela ordenação de homens casados.

O bispo sul-africano retoma, deste modo, um debate que marcou o recente sínodo extraordinário sobre a Amazónia, suspenso, para muitos de forma inesperada, pelo Papa Francisco, na exortação pós-sinodal que publicou em 2020.

Entre as razões avançadas pelo bispo Sipuka para defender o recurso aos viri probati encontram-se a dispersão geográfica das comunidades e a escassez de padres.

Enfatizando a “necessidade” premente, em declarações citadas pelo site noticioso Religion Digital, aquele prelado explicou que, “nas dioceses rurais, as comunidades estão dispersas”, o que obriga os poucos padres a percorrer longas distâncias para celebrar múltiplas missas. Mesmo assim, algumas comunidades passam mais de um mês sem a Eucaristia devido à falta de sacerdotes”, disse ele.

A Conferência Episcopal da África Austral, que inclui a África do Sul, a Suazilândia e o Botswana, já abordou este assunto num “diálogo respeitoso” sobre essas propostas, não se tendo registado “forte oposição”, acrescentou o presidente.

Sithembele Sikupa refere ainda que o tema “está a ser discutido” e compreende que “propostas dessa magnitude levam tempo e que é necessário construir unidade no processo”. “É bom que quando essas coisas acontecem, todos concordam com isso”, disse ele.

Recorde-se que, ainda antes do Sínodo sobre a Amazónia, o Papa Francisco admitiu, numa entrevista ao jornal alemão Die Zeit, abertura à ordenação de “homens casados testados, de confiança e comprovada fé e virtude que poderiam ser chamados ao serviço clerical”, especialmente em “regiões isoladas”.

 

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