
As autoridades ucranianas acusam a Rússia de ter “sequestrado mais de 16 mil crianças” da Ucrânia desde o início da ofensiva. Foto © Unicef.
A comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, declarou estar disposta a devolver à Ucrânia as crianças deportadas para a Rússia, se as respetivas famílias o solicitarem. Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 4 de abril, Lvova-Belova garantiu que não foi contactada por “qualquer representante do poder ucraniano” a propósito destas crianças e convidou os respetivos pais a escreverem-lhe uma mensagem de correio eletrónico.
As autoridades ucranianas acusam a Rússia de ter “sequestrado mais de 16 mil crianças” da Ucrânia desde o início da ofensiva, o que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de captura contra Maria Lvova-Belova e também Vladimir Putin. Mas Moscovo, por seu lado, assegura ter “salvado” essas crianças dos combates e criado procedimentos para as reunir com as famílias. [ver 7MARGENS]
“Escrevam-me para encontrarem a vossa criança”, declarou a responsável russa, após apresentar um relatório indicando que 16 crianças de nove famílias foram já reunidas com os respetivos parentes residentes na Ucrânia ou noutro local desde 29 de março. Maria Lvova-Belova recusou-se, no entanto, a divulgar a lista completa com os nomes das crianças ucranianas deportadas para a Rússia.
O Conselho dos Direitos Humanos da ONU exigiu esta terça-feira à Rússia que autorize organizações internacionais a visitar crianças e outros civis “deportados à força” da Ucrânia para territórios controlados por Moscovo.