
Há várias peças que não tinham sido incluídas anteriormente no percurso expositivo. Foto © Santuário de Fátima.
Após um período de encerramento, devido à pandemia, o Museu do Santuário de Fátima reabriu as portas com várias novidades. Os espaços foram reconfigurados para poder receber um maior número de visitantes, e o protagonismo dado à coroa da imagem de Nossa Senhora de Fátima foi reforçado.
Numa visita guiada aos jornalistas, no passado dia 18 de outubro, o diretor do museu, Marco Daniel Duarte, explicou que alguns núcleos da exposição estão agora contextualizados a partir de documentação fotográfica e histórica adicional e são apresentadas várias peças que não tinham sido incluídas anteriormente no percurso expositivo, como “uma custódia muito solene” proveniente da Polónia ou o báculo do cardeal António Marto, oferecido ao Santuário no final do pontificado como bispo de Leiria-Fátima.
Quanto à coroa, que tem encastradas joias valiosas, mas também a bala que o papa João Paulo II, vítima de atentado em 1982, fez questão de oferecer a Nossa Senhora de Fátima, “é uma alegoria de toda a exposição que estamos a visitar”, afirmou o diretor. “Podemos dizer que simboliza as dádivas dos peregrinos de Fátima: umas são mais valiosas, feitas de prata, ouro, diamantes, turquesas, ametistas, e outras que não têm valia material, como uma bala de latão. Ali temos a síntese do que é o Museu do Santuário de Fátima”, cujas peças foram todas oferecidas.
“Nada do que está aqui foi adquirido pelo Santuário. As pessoas oferecem como sinal da sua afetividade com a Virgem de Fátima aquilo que entendem ser materializador desses afetos. Por isso costumo dizer que esta é uma exposição de afetos”, concluiu Marco Daniel Duarte.