
Assembleia continental do Sínodo em Praga (Chéquia) em fevereiro: um balanço positivo, no olhar da Secretaria-geral. Foto © synod.va
A conclusão, a 31 de março, da etapa continental da consulta sinodal “não significa o fim do processo sinodal para o Povo de Deus; significa, pelo contrário, deixar às comunidades locais o desafio de pôr em prática essas ‘reformas sinodais’ no quotidiano da sua ação eclesial e no reconhecimento de que muito do que foi discutido e identificado até agora a nível local não requer o discernimento da Igreja universal, ou a intervenção do magistério de Pedro”, escreve a secretaria-geral do Sínodo dos Bispos em nota divulgada ao final do dia de sexta-feira, 31 de março.
Nem todos os sete documentos finais resultantes de outras tantas assembleias continentais estão já publicados, mas alguns já se encontram disponíveis, esperando-se que os restantes fiquem acessíveis muito em breve. A secretaria-geral do Sínodo considera na sua nota que “depois da etapa local (diocesana e nacional), a inclusão de um tempo de escuta, diálogo e discernimento entre as Igrejas da mesma área geográfica representou uma novidade adicional neste processo sinodal” e constituiu “um verdadeiro processo de escuta e discernimento a nível continental, sobre a mesma e única questão: como se realiza hoje, nos diferentes níveis (do local ao universal) aquele ‘caminhar juntos’ que permite à Igreja anunciar o Evangelho; e que passos o Espírito nos convida a dar para crescer como Igreja sinodal?”
As sete assembleias que, desde o início de fevereiro até ao fim de março, marcaram este tempo do caminho sinodal foram, lê-se na referida nota, “assembleias eclesiais, ou seja, representativas do Povo de Deus (bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas, leigos)” e “o fruto das discussões está contido no documento final que cada assembleia produziu como um contributo para os trabalhos da primeira sessão do Sínodo dos Bispos (4-29 de outubro de 2023)”.
Cabe agora à comissão preparatória criada pela secretaria-geral do Sínodo, tendo em conta aquelas sínteses continentais e os demais documentos recebidos, constituir o grupo de redação do documento, conhecido como Instrumentum Laboris, ou “instrumento de trabalho”, que servirá como uma pré-agenda de trabalho para a primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que reunirá em Roma no próximo mês de outubro.