
Assembleia Diocesana Pré-Sinodal do Sínodo dos Bispos, 14 de maio de 2022, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal. Os grupos locais são agora novamente chamados a participar. Foto © Patriarcado de Lisboa.
A Secretaria-geral do Sínodo dos Bispos colocou no seu sítio um conjunto de “elementos e fichas sobre como os grupos locais podem usar o Instrumentum laboris (IL) para continuar a sua reflexão” e lembra que “o IL pode ser uma nova oportunidade de diálogo a nível local com aqueles que se sentiram ‘excluídos’ deste processo”.
Esta tentativa de relançar a dinâmica do Sínodo católico ao nível das ‘bases’ preenche a nota de abertura (ou editorial) da folha mensal de 25 de junho assinada pelo responsável de comunicação da Secretaria-geral, Thierry Bonaventura. Criticando os jornalistas que puseram em relevo as referências que o documento contém às questões do diaconado feminino, acolhimento dos recasados e das pessoas LGBTQ+ e outras consideradas de rutura, Bonaventura relembra que o IL não é “uma síntese ou um documento conclusivo”, mas pelo contrário, “deve ser entendido como um texto que abre e convida a um novo discernimento, desta vez mais concentrado, para chegar a passos concretos que tornem a nossa Igreja cada vez mais sinodal”.
Por outro lado, aceitando que “a estrutura aberta do documento, com as suas muitas perguntas, talvez tenha suscitado um sentimento de ‘desorientação’” e para favorecer a continuada participação de todos os grupos locais, a Secretaria-geral divulga nove propostas que constituem outras tantas hipóteses de reflexão cujas conclusões esses grupos podem fazer chegar aos representantes das igrejas locais na assembleia sinodal de outubro.
Entre as diversas áreas recolocadas à consideração dos crentes, estão interrogações sobre como aprofundar o grau de consciência sobre a sinodalidade da Igreja, que questões e sugestões sobre a concretização das três prioridades (missão, participação, comunhão) entregar aos membros da igreja local que vão participar no Sínodo, ou que recomendações podem ser feitas no capítulo da formação integral de todos para a vida numa Igreja verdadeiramente sinodal.