
Missa na paróquia de S. Brás: as comunidades devem continuar o seu caminho sinodal. Foto © Arlindo Homem | Ecclesia
A comunidade católica quer “continuar o exercício exigente e nunca acabado de promover a sinodalidade na vida e na missão da Igreja”, escreve D. João Lavrador na carta pastoral “Eu renovo todas as coisas”, para o ano apostólico 2022-2023.
Cada ano que começa é “sempre uma oportunidade para a renovação e para sonhar novos caminhos, a nível pessoal, familiar e comunitário”.
Os Conselhos Pastorais, Diocesano, Paroquiais, de Unidade Pastoral e Arciprestal, “a que temos de dar novo vigor, revestem-se de máxima importância no exercício da sinodalidade eclesial”.
Uma “liderança de serviço” assente na fé, faculta aos líderes empresariais uma perspectiva mais ampla e ajuda-os a equilibrar os requisitos do mundo dos negócios com os do Evangelho, assinala o livro “A vocação do líder empresarial”, do Conselho Pontifício Justiça e Paz.
Novos desafios
Que desafios traz à Igreja em Portugal este relatório? [da Conferência Episcopal Portuguesa, CEP, para o Sínodo 2021-2023] – interrogava-se o padre Jorge Guarda, no Simpósio do Clero, a 24 de setembro. E adiantava: Discernir juntos, envolver todos na renovação e despertar a consciência missionária da Igreja.
A Igreja só será missionária na medida em que sair ao encontro dos homens, caminhar, escutar, dialogar e colaborar com eles, dando testemunho com respeito e amor da fé e esperança que lhe vêm de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Também a relação da Igreja com o mundo tem de ser sinodal, ou seja, de abertura, partilha de dons e inquietações, de procura da verdade e da justiça. Vão neste sentido os caminhos da missão.
Em conclusão, como disse D. José Ornelas no final do Simpósio do Clero, em resposta à pergunta acima referida, o Relatório da CEP é um instrumento para continuar a caminhada e o discernimento nos diferentes níveis da vida da Igreja no nosso país.
O processo e o caminho estão apenas no início. Avancemos com confiança, guiados e animados pelo Espírito Santo e não nos deixemos parar pelo cansaço, desalento ou retardar dos frutos. Irradiemos o estilo sinodal. A renovação da Igreja está a urgir e transformação e a humanização da cultura é premente.
Georgino Rocha é padre católico da diocese de Aveiro e desempenhou já o cargo de vigário diocesano da pastoral.