
A cidade vista a partir da torre da Sé: “Escutaremos todos”, prometeu o patriarca. Foto: Direitos reservados.
“Escutaremos todos os que se queiram associar ao nosso caminho sinodal, sem esquecer o âmbito ecuménico e inter-religioso”, afirmou o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, ao apresentar a forma como Lisboa vai viver o Sínodo da Igreja Católica convocado pelo Papa Francisco.
A apresentação decorreu na catedral de Lisboa, nesta segunda-feira, 25, dia em que o patriarcado assinalava o aniversário da dedicação do templo. Por esse motivo, a diocese lisboeta decidiu fazer a abertura diocesana formal do Sínodo nesta segunda-feira e não no fim-de-semana de 16-17, como aconteceu em quase todas as dioceses do nundo.
Citado pela agência Ecclesia, o patriarca afirmou que a sinodalidade é “uma realidade que define e deve definir a Igreja, em todo o tempo”. Todas as instâncias que já existem (conselhos pastorais e económicos, reuniões de vigararias, conselhos e organismos diocesanos), devem ser valorizadas, mas o patriarcado prevê ainda a formação de uma rede de coordenadores locais, nesta fase diocesana.
O patriarca referiu ainda a experiência do Sínodo diocesano de Lisboa, entre 2014-16, e que o caminho sinodal agora convocado pelo Papa irá “a par” com a preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude, que Lisboa acolhe de 1 a 6 de agosto de 2023, que considerou poder ser um momento de alento depois da “grande depressão pandémica”.
No guia prático (ou Vademécum) distribuído pelo Vaticano, diz-se que “a finalidade da primeira fase do caminho sinodal é favorecer um amplo processo de consulta”, com atenção à “voz dos pobres e dos excluídos, não somente daqueles que desempenham alguma função ou responsabilidade” na própria Igreja.