
Álvaro Siza Vieira, prémio Pritzker em 1992, irá trabalhar em colaboração com o coletivo italiano Studio Albori. Foto © Igreja de Santa Maria.
O arquiteto português Álvaro Siza Vieira foi o escolhido pela Santa Sé para criar a instalação que irá representá-la na Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorrerá de 20 de maio a 26 de novembro de 2023. O anúncio foi feito esta terça-feira, 21, pelo Vaticano.
O cardeal José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação e comissário do Pavilhão da Santa Sé, expressou, em comunicado enviado à Ecclesia, a sua satisfação pelo regresso a Veneza, cinco anos depois da primeira participação, numa edição que celebra o papel dos arquitetos na criação de um futuro melhor e mais sustentável.
O cardeal português assinala que esta segunda presença da Santa Sé na Bienal de Veneza quer ser “uma manifestação do desejo da Igreja de estar próxima, não apenas do mundo da arquitetura, mas das artes em geral, e deve ser vista como uma declaração programática de como o Dicastério procurará garantir a presença da Igreja nesses lugares, eventos e espaços onde os artistas se reúnem”.
Na Bienal, a Santa Sé irá ocupar os atuais edifícios do Mosteiro Beneditino e os jardins da Abadia. O pavilhão do Vaticano vai ser dedicado ao tema da amizade social, desenvolvido pelo Papa Francisco nas suas encíclicas Laudato si’ (2015) e Fratelli Tutti (2020), e evocando o décimo aniversário do seu pontificado.
Álvaro Siza Vieira, prémio Pritzker em 1992, e o coletivo italiano Studio Albori (Emanuele Almagioni, Giacomo Borella, Francesca Riva) apresentarão as suas obras, em diálogo com o tema geral da Bienal, O Laboratório do Futuro, proposto por Lesley Lokko, curador da edição de 2023.