
Mulheres de burca num mercado. Foto © CC BY-SA 2.0/Wikimedia Commons.
O Governo do Sri Lanka vai proibir, por razões de segurança nacional, o uso de burca nos espaços públicos e fechar cerca de 1000 madraças – escolas muçulmanas, ou escolas de estudos islâmicos – se aprovar o decreto que o ministro do Interior e da Segurança Pública, Sarath Weerasekara, anunciou este fim-de-semana ter assinado. “A burca”, disse o ministro, quando visitava, no sábado 13 de março, um templo budista, “é um símbolo do extremismo religioso” e, segundo ele, as madraças não estão legalizadas e não seguem o plano de educação nacional.
O uso de burca já esteve suspenso após o mortífero ataque do Sábado de Aleluia de 2019 em que diversas explosões de bombas colocadas em três hotéis, duas igrejas católicas e uma protestante fizeram mais de 260 mortos e foram atribuídos a grupos radicais islâmicos. Os muçulmanos não são mais de 9% da população do Sri Lanka (um pouco mais do que os cristãos) que entre os seus 22 milhões de habitantes conta com 70% de budistas.