
Mulher com uma tradicional battula, por cima do seu niqab, no sul do Irão. Foto © CC 2.0/Wikimedia Commons
A extrema-direita tomou a iniciativa e os cidadãos suíços, por escassa maioria, votaram favoravelmente, este domingo (7 de março) a proibição do uso do niqab (véu que esconde o rosto), com algumas exceções, como, por exemplo, locais de culto.
A medida, apresentada como forma de combater o “islão radical” e o “extremismo”, foi apoiada pelo partido populista de direita UDC, por setores feministas e parte dos eleitores da esquerda, conseguindo aprovação na maioria dos cantões. Países europeus como a França, Bélgica, Dinamarca e Áustria já tomaram medidas semelhantes.
Os opositores a este referendo aduziram várias razões. O Governo federal e o Parlamento opuseram-se, argumentando que “o problema [que o referendo pretendia resolver] não existe”. A solução, caso a consulta popular tivesse recusado a iniciativa, passaria por obrigar as pessoas a mostrarem a cara, sempre que as autoridades o exigissem, para fins de identificação. Outros opositores consideraram o texto da proposta “racista e sexista”, considerando inaceitável que o Estado passe a definir que roupas são ou não são aceitáveis.