
Valentina Baranovskaya e o seu advogado. Foto © DR
A 4 de maio de 2022, o Supremo Tribunal da República de Khakassia aprovou a decisão do Tribunal Distrital de Ust-Abakansky de conceder liberdade condicional a Valentina Baranovskaya, uma Testemunha de Jeová (TJ) de 71 anos. O tribunal considerou o recurso interposto pelo promotor contra a decisão da juíza do Tribunal Distrital de Ust-Abakansky, Maria Zablotskaya, de 22 de fevereiro de 2022. Alguns meses antes, esta TJ pediu liberdade condicional. O tribunal acedeu ao seu pedido, mas o procurador público Abakan V. Gasan apresentou uma queixa contra esta decisão, e esta mulher foi forçada a permanecer atrás das grades até à audiência de recurso. Isso agravou ainda mais a sua condição de saúde, já que Valentina sofreu um AVC em 2020, numa história já aqui contada pelo 7MARGENS, mas foi com enorme alegria que saiu da prisão e foi recebida por amigos.
Foi há quase três anos, em abril de 2019, que teve início um processo criminal contra Valentina Baranovskaya e o seu filho Roman Baranovsky, acusados de “participação nas atividades de uma organização ilegal”. Foi assim que os agentes da lei interpretaram a prática comum dos crentes de se reunirem e discutirem a Bíblia entre amigos. Mãe e filho receberam sentenças cruéis sem precedentes : Valentina dois anos de prisão, e Roman seis anos. Roman Baranovsky permanece preso, restando ainda cumprir cinco anos.
Atualmente, existem mais 13 Testemunhas de Jeová com mais de 60 anos na prisão. O mais velho deles é Vilen Avanesov, que completará 70 anos em 2022.