Discurso de ódio contra muçulmanos

Tribunal apoia Twitter na suspensão da conta do Vox

| 9 Mar 2022

rede social twitter foto c roman okopny

A rede social Twitter já havia suspendido a conta do Vox em 2020, quando este a utilizou para difundir mensagens falsas sobre o PSOE.  Foto © Roman Okopny.

 

O Supremo Tribunal de Espanha rejeitou a queixa do partido de extrema-direita Vox contra o Twitter, na sequência de esta rede social ter suspendido por oito dias a sua conta sob a acusação de que estava a ser usada para propagandear um discurso de ódio, noticiou o Muslim News esta quarta-feira, 9 de março.

A suspensão teve lugar no início de 2021, durante a campanha para as eleições catalãs, quando o Vox difundiu vários tweets sob o lema “Pare a islamização”, entre os quais alguns que deturpavam a realidade afirmando que os imigrantes muçulmanos representavam apenas 0,2 por cento da população da Catalunha, mas eram responsáveis ​​por 93 por cento dos crimes cometidos. Por nada disto ser verdade, o Twitter voltou a suspender a conta do Vox, repetindo o que já tinha feito em 2020 quando aquele partido a utilizou para difundir mensagens falsas sobre o PSOE acusando-o de “promover a pedofilia com dinheiro público”.

A queixa ao Supremo Tribunal fundamentava-se no facto de o Vox se sentir objeto de censura, condição que os juízes não lhe reconheceram, alegando que o partido concordara com as regras da plataforma quando abriu a sua conta no Twitter e que a suspensão era “razoável e proporcional” (ver Euronews).

De acordo com o Muslim News, estas “suspensões temporárias” não têm impedido o Vox de “continuar a ganhar força nas redes sociais e nas sondagens”. O jornal cita a última sondagem publicada por El País, em que aquele partido de extrema-direita surge como “o único grande partido que cresceu em popularidade desde as eleições legislativas de 2019”, atingindo “os 19,2 por cento das intenções de voto”, o que o coloca como o “terceiro partido mais popular da Espanha”.

Recorde-se que em Portugal o Twitter suspendeu a partir de 22 de fevereiro e com carácter definitivo a conta pessoal do líder do Chega, André Ventura, alegando que ele a usava de forma violadora “dos termos de serviço do Twitter, especificamente das regras do Twitter contra conduta de propagação de ódio”.

 

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