
Encontro Nacional de Estudantes do Secundário da disciplina de EMRC, em Guimarães, 22-23 Abril 2022. Foto © Educris
Cerca de 2150 alunos de 65 escolas de todo o país participaram no Encontro Nacional de Alunos do Ensino Secundário inscritos em Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), que decorreu sexta e sábado, dias 22 e 23 de Abril, em Guimarães. Uma iniciativa que levou o director do Secretariado Nacional da Educação Cristã, Fernando Moita, a afirmar que “a Igreja e o país precisam desta manifestação da alegria”.
O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e bispo de Aveiro, António Moiteiro, mostrou-se “satisfeito” pela adesão dos alunos no momento em que “um certo sentido de normalidade” regressa às escolas.
Citado pela Ecclesia, D. António afirmou estar muito “satisfeito com a adesão de tantos alunos” à iniciativa, destacando a dimensão de reconhecimento que encontros como este permitem. “Penso que uma outra dimensão é a de ajudar os nossos alunos a encontrarem outros que como eles, no secundário, fizeram a opção pela disciplina.”
Sendo o ensino secundário o ciclo que “apresenta uma menor taxa de inscrição na disciplina”, António Moiteiro refere que o encontro nacional pretende ser um espaço de experiências que tenham impacto nos alunos.
No encontro, os participantes contribuíram com produtos de puericultura destinados às crianças que mais precisam e que foram entregues à Cáritas Diocesana, pois “no berço se acolhe a grandeza, e a originalidade, mas também a fragilidade da vida de cada pessoa, que aprende a levantar-se e a caminhar como dom e partilha para os outros”, explicou Sérgio Martins, da equipa nacional da EMRC.
Também o arcebispo de Braga, José Cordeiro, esteve presente e afirmou que “a educação, o fazer crescer, tem de ser íntegra. A religião ajuda a religar, não como um proselitismo, mas como proposta”, afirmou, para acrescentar que a disciplina de EMRC é um contributo para a “construção do bem comum, da amizade social na sociedade que vivemos, no respeito de todos e cada um, mas sempre nesta capacidade de propor aqueles valores que dão sentido à nossa existência”.
O arcebispo de Braga desafiou ainda os jovens a serem “artesãos de paz, da cultura do encontro, da reconciliação e do amor” e a revisitar palavras como “o respeito, a tolerância, o perdão” que parecem fora do quotidiano e que não devem ganhar importância “apenas nos momentos críticos, como no horror da guerra que experimentamos aqui tão perto de nós, na Ucrânia”.