
” É o tempo de cada pessoa reconhecer as suas boas capacidades e agir. É o tempo de levantar e conquistar. É o tempo de coisas novas, inclusive de mudança, a começar primeiramente em cada pessoa.” Foto © CPAD – Convenção das Assembleias de Deus em Portugal
Depois de um outono e inverno rigoroso, nada melhor que a chegada da primavera. Da mesma forma, depois de um tempo inesperado de confinamento, é mais do que bem-vindo o poder sair e celebrar com alegria a chegada de um novo tempo. Assim, no dia 15 de outubro a cidade das Caldas da Rainha graciosamente recebeu a sétima conferência de mulheres, organizada pelo departamento de mulheres da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal. Mulheres de todas as idades, oriundas do norte ao sul do país, desde as ilhas à emigração, evangélicas e não só, foram cerca de 4200. Um encontro único e que abraça sempre uma causa solidária/missionária.
Sem dúvida foi um dia marcante, pois segundo muitos testemunhos que ainda hoje estão a ecoar, para muitas das que ali se reuniram foi a chegada de um novo tempo em suas vidas pessoais. Entre muita confraternização, música e arte, ouviram-se duas mensagens cristãs que motivaram cada conferencista à fé em Jesus Cristo, sendo desafiadas e animadas a viverem “uma nova estação”.
A oradora convidada para a conferência usando a alegoria da amendoeira em flor e apoiada nas Escrituras Bíblicas, levou cada mulher a refletir na ordem natural das coisas em que como a primavera vem após o inverno, e como “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”, certamente que depois de momentos tão difíceis que se possam viver, sejam eles de que ordem for, virá o tempo da consolação e de sorrir.
Foi dada ênfase ao saber abraçar “a primavera” tomando medidas assertivas e inerentes ao novo tempo. Foi deixada também uma palavra de forte encorajamento para todas as mulheres que poderiam estar a passar por circunstâncias fustigadoras, declarando que os cristãos num “inverno rigoroso” conseguem experimentar e têm experimentado um Deus presente que é a força e o socorro para não sucumbirem ante o sofrimento tão intenso.
Como amendoeira florescida, assim é o tempo de abraçar novos desafios ou de recomeçar algo. É o tempo de cada pessoa reconhecer as suas boas capacidades e agir. É o tempo de levantar e conquistar. É o tempo de coisas novas, inclusive de mudança, a começar primeiramente em cada pessoa. É o tempo de levar a paz e o amor de Jesus Cristo. É sem dúvida tempo de dar bom fruto ou resultado, que nasce de uma vida “oleada” pela comunhão com Deus. E por fim, o característico doce e suave cheiro da amendoeira em flor revela a verdadeira essência do cristianismo.
Poder-se-ia dizer que aquela grande multidão de mulheres de todas as idades e nacionalidades, juntas e de forma ordeira era como um quadro paisagístico, natural e magnífico das muitas amendoeiras em flor que embelezam variadas zonas do nosso Portugal.
“Não deixe que o sofrimento de uma estação da vida destrua a alegria de tudo o resto. Não julgue a vida por apenas um período difícil. Persevere através de caminhos tortuosos e tenha a certeza que melhores dias virão” (Ezequiel Quintino).
Isabel Ricardo Pereira é missionária evangélica; contacto: isabeljose@sapo.pt