
Militares americanos em serviço no Afeganistão, em 2014, são batizados pelo arcebispo Timothy Broglio. Foto © Cpl. Joshua Young, Public domain, via Wikimedia Commons.
“Ninguém deve ser forçado a receber uma vacina covid-19 se ela violar a santidade de sua consciência”, afirma um comunicado do arcebispo das Forças Armadas dos Estados Unidos da América, Timothy Broglio, em comunicado difundido esta terça-feira, 12.
O responsável católico recordou posições da Congregação para a Doutrina da Fé favoráveis à vacina. Referiu igualmente que a Conferência dos Bispos dos Estados Unidos considerou “permitidas” as vacinas em uso no país. Citou ainda a ordem de vacinar todo o exército, dimanada da administração Biden.
O arcebispo do Exército dos EUA disse na terça-feira que as tropas católicas poderiam recusar a vacina obrigatória contra a covid por motivos religiosos. A partir daí, foram surgindo casos de militares que recusaram a vacina, invocando motivações religiosas.
“Essa circunstância levanta a questão de saber se a aceitabilidade moral da vacina impede um indivíduo de formar uma crença religiosa sincera de que receber a vacina violaria sua consciência”, escreve o arcebispo. “Não impede.”
E daí a conclusão que o hierarca extrai: “A negação do enquadramento religioso ou ações pessoais punitivas ou adversas tomadas contra aqueles que levantam objeções sérias e baseadas na consciência, seria contrário à lei federal e moralmente repreensível.”
Posição bem diversa tomou o Papa Francisco sobre esta matéria, ao considerar que as pessoas têm uma obrigação moral de receber uma das novas vacinas contra o coronavírus o mais rápido possível. “Acredito que moralmente todos devem tomar a vacina”, disse, numa entrevista em 10 de janeiro ao programa de notícias italiano TG5. “É uma escolha moral porque se trata da vida de cada um, mas também da vida de outras pessoas.”