O Papa Francisco fez chegar, via Secretaria de Estado do Vaticano, um pedido formal de desculpas ao Governo de Moscovo pelos comentários por ele feitos durante a entrevista concedida à revista America a 22 de novembro, em que referiu que alguns povos da Federação Russa, nomeadamente “os chechenos, os buryati e outros” são responsáveis pelos atos “mais cruéis” na guerra em curso na Ucrânia.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou no dia 15 de dezembro a afirmação da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, sobre o pedido de desculpas do Vaticano, reconhecendo que “houve contactos diplomáticos a esse respeito”. De acordo com o diário digital Crux Now de dia 15 de dezembro, Maria Zakharova anunciou em Moscovo que o Kremlin tinha recebido: “Uma mensagem em que o Papa pede desculpas ao lado russo e expressa o profundo respeito da Santa Sé por todos os povos da Rússia, pela sua dignidade, a sua fé e cultura, bem como por outros países e povos do mundo.”