
Papa Francisco já ensaiou vários passos diplomáticos junto do patriarca de Moscovo, afeto a Putin, como nesta videoconferência a 16 de março de 2022. Foto do Facebook de Antonio Spadaro sj.
O Vaticano manteve esta semana a defesa da “Integridade territorial da Ucrânia”, depois de a Rússia ter admitido, pela primeira vez, a mediação da diplomacia da Santa Sé para acabar com a guerra na Ucrânia.
Segundo a Vida Nueva, não houve nenhuma reação formal e oficial ao comunicado emitido pelo diretor do Departamento Europeu do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexei Paramonov, na segunda-feira, dia 13, mas logo depois, na terça-feira, 14, o secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, D. Paul Gallagher, num colóquio sobre migração realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana, deixou a garantia da linha vermelha traçada.
Referindo-se à Ucrânia, país que visitou há semanas, para se reunir com as autoridades religiosas e políticas, Gallagher enfatizou que “a Santa Sé defende a integridade territorial da Ucrânia”. E insistiu que foi o povo ucraniano quem sofreu a “agressão russa”. Por isso, sublinhou que, embora a Santa Sé deva “trabalhar pela paz”, também deve “resistir à tentação de comprometer a integridade territorial da Ucrânia”.
Na última segunda-feira, o Kremlin, através de Alexei Paramonov, tinha admitido pela primeira vez que o regime de Putin poderia estar aberto à mediação do Vaticano para acabar com a guerra na Ucrânia.