Uma nova sondagem global requisitada pela Amnistia Internacional revela que quase três quartos (73%) dos adultos inquiridos defende que a FIFA deve indemnizar os trabalhadores migrantes que sofreram violações de direitos humanos durante os preparativos para o Campeonato do Mundo de 2022.
A sondagem envolveu adultos de 15 países, mais de 17 mil, segundo a Amnistia Internacional, cuja maioria indicou que gostava que a associação do país a que pertence pudesse ser mais ativa na defesa dos direitos humanos nesta situação, em que a organização do Mundial é acusada de vários atentados contra os direitos humanos dos seus trabalhadores, nomeadamente percebendo o que se passa.
“Estas descobertas enviam uma mensagem clara à liderança do futebol. Em todo o mundo, as pessoas são unidas no seu desejo de ver a FIFA a intensificar e reparar o sofrimento suportado por trabalhadores migrantes no Qatar. Também querem ver as suas associações nacionais a posição mais firme”, disse Steve Cockburn, Chefe do Departamento Económico e Social da Amnistia Internacional.
Em maio deste ano, um conjunto de organizações criou o #PayupFIFAOs resultados da sondagem fundamentam o propósito da campanha #PayUpFIFA lançada por uma coligação de organizações de direitos humanos – incluindo a Amnistia Internacional – junto de grupos de adeptos e sindicatos, em maio de 2022, que apelava à FIFA para reservar um fundo para indemnizar trabalhadores e prevenir abusos futuros.