Reconhecida pela Universidade de Helsínquia

Greta Thunberg será doutora Honoris Causa em Teologia por defender a casa comum

| 22 Mar 2023

greta thunberg discursa em Glastonbury, 25 junho 2022, foto Raph_PH via Wikimedia Commons

A ativista sueca, hoje com 20 anos, tornou-se mundialmente conhecida em 2018 ao promover greves pelo clima nas escolas, que estiveram a origem do movimento internacional “Fridays for Future”. Foto © Raph_PH via Wikimedia Commons.

 

A Faculdade de Teologia da Universidade de Helsínquia (Finlândia) vai atribuir o doutoramento Honoris Causa à ativista Greta Thunberg pelo seu “trabalho infalível e coerente pelo futuro do nosso planeta”. A jovem receberá o título a 9 de junho, juntamente com outros sete homenageados, entre os quais se encontra o ex-presidente da Federação Luterana Mundial, o bispo emérito Munib Younan.

O título visa reconhecer, segundo a Universidade, o esforço de Thunberg “para mudar a nossa vida quotidiana como membros de comunidades e sociedades, mas sobretudo como seres humanos”.

A ativista sueca, hoje com 20 anos, tornou-se mundialmente conhecida em 2018 ao promover greves pelo clima nas escolas e manifestações frente ao Parlamento Europeu, as quais estiveram na origem do movimento internacional “Fridays for Future” (“Sextas pelo futuro”).

Em 2019, durante a sua estadia em Roma para liderar uma manifestação estudantil na Piazza del Popolo, Greta Thunberg assistiu à audiência geral na Praça de São Pedro e no final o Papa fez questão de ir cumprimentá-la, tendo-lhe pedido: “Continua a lutar!”. O momento ficou registado no vídeo que pode ser visto abaixo.

 

Em 2021, Francisco voltou a reconhecer a importância do trabalho de Thunberg, durante a conferência de jovens pelo clima Youth4Climate, que antecedeu a Cop26 em Glasgow (Escócia).

E não foi o único líder religioso a fazê-lo. O jornal Religión Digital recorda que, em 2019, o bispo alemão Heiner Willmer disse que Thunberg era para ele “como uma profetisa” e, uns meses mais tarde, o também germânico Franz Jung, bispo de Würzburg, comparou a ativista climática ao “David bíblico”.

No mesmo ano, o cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, elogiou no Vaticano o papel da ativista sueca na defesa do ambiente. “Mais do que um modelo, é uma testemunha deste compromisso na salvaguarda do ambiente e cuidado com a casa comum”, afirmou o cardeal ganês, defendendo ser necessário superar a “separação” que muitas vezes surge entre “atenção ao meio ambiente e a fé”.

 

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