O funeral da mãe do meu amigo

  O que dizer a um amigo no enterro da sua mãe? Talvez opte por ignorar as palavras e me fique pelo abraço apertado. Ou talvez o abraço com palavras, sim, porque haveria de escolher um ou outro? Os dois. Não é possível que ainda não tenha sido descoberta a...

Aprender a olhar para as insignificâncias

  O António Lobo Antunes acaba por dizer, num dos seus textos, que terminar uma crónica é fácil: “Põe-se o ponto final e deixa-se o resto da página em branco, pronto.” Cá para mim escrever crónicas é a maneira mais dolorosa de dar significado ao insignificante. A...

Uma sombra de gente a olhar a morte

  Quando uma guerra se instala – seja em que parte for – falhamos todos. Falhamos enquanto espécie. Falhamos por acreditar que vivemos em linha recta quando negligenciamos a evidência dos ciclos. Primeiro, falhamos na descrença. A seguir, falhamos na...

O Globo da Garota: Obrigado, Cátia

Estive uma vez, em certa iniciativa, à conversa com Rita Blanco e elogiei-lhe o número de Globos de Ouro que havia já conquistado. Ela limitou-se a responder, por debaixo de um sorriso quase desdenhoso: “Se as pessoas soubessem como é que se ganham Globos…” Eu não...

O vagabundo em dia de festa da cidade

  A cidade está em festa. As luzes banham histéricas o céu anoitecido sobre a dança comum. Os senhores de fatos, os feitores – os grandes feitores – sobem ao palco, como se de um altar se tratasse, para a habitual gabarolice. E o povo dança entre os...

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