Nas margens da Filosofia (XXIX) “Esquecer (…) é desprender-se da carga entorpecedora do desnecessário.” Antonio Muñoz Molina[1] No livro X das Confissões, Santo Agostinho fala-nos da memória e sobre ela escreve: “Dirijo-me para as planícies e os vastos palácios da memória, onde estão tesouros de inumeráveis imagens...
Nas margens da Filosofia (XXVIII) Um dos aspectos positivos (se é que os há) desta pandemia é o facto de termos tempo para ler, escrever e pensar sem o stress habitual. E um dos livros que mais apreciei enquanto confinada foi A Resistência Íntima. Ensaio de uma filosofia da proximidade, de Josep Maria Esquirol.[1] No prefácio que escreveu para...
Nas margens da Filosofia (XXVIII) O conceito de natureza humana fez carreira ao longo da história da filosofia sendo usado durante séculos sem levantar problemas. A época moderna foi fértil em livros dedicados a esta temática que poderíamos incluir no rol das ideias geradoras de que nos fala a filósofa Susan Langer.[1] Trata-se de...
Não vou falar do Natal da minha infância, quando tinha pais e avós. Refiro-me ao Natal de hoje em que essa geração já não existe e somos nós agora os pais e os avós. A família foi crescendo (ou, realisticamente falando, envelhecendo) e o grupo restrito aumentou, ficando cada vez maior. Transformados em avós e a geração abaixo em pais,...
Nas margens da filosofia (XXVI) Nestes tempos de confinamento somos em grande parte privados da convivência social. Mas a convivência com outro tipo de amigos não foi, felizmente, afectada – estão neste caso os escritores e os filósofos. Embora sempre fizessem parte integrante das nossas vidas, a sua presença intensificou-se nestes meses,...